Em novembro, os preços do feijão-Preto atingiram níveis sem precedentes, sem sinais de redução iminente, segundo Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe). Os principais fornecedores, habitualmente abastecendo os embalados com estoques acumulados, estão agora sem produto.
“Alcançamos ainda em novembro preços jamais pagos ao produtor para Feijão-preto. Os preços pagos dispararam na última semana e ainda não há sinalização de trégua. Os maiores fornecedores de Feijão-preto que normalmente abastecem boa parte dos empacotadores com estoques formados em momentos de aumento de oferta, estão sem produto. Assim, como o preço atual é o maior da história praticado para este Feijão no Brasil, é a primeira vez que vemos estoques zerados para onde se olha. Os R$ 385 pagos no Paraná equivalem a US$ 77 por saca de 60 quilos” afirma.
Apesar da baixa atividade comercial, os preços permanecem inalterados, sem apresentar sinais de queda. “Os produtores de Feijão estão testando o limite dos empacotadores, pedindo R$ 5 ou R$ 10 a mais a cada novo contato. Ontem, em alguns polos de produção paulista, alguns poucos negócios reportados ultrapassaram os R$ 300, mesmo sem chuvas e com poucos compradores”, indica.
Em Minas Gerais e Goiás, os preços do Feijão-preto permaneceram incoerentes, com pouca demanda. Quando ocorrem negócios, os valores aumentam gradualmente. A escassez de oferta de Feijão-preto neste novembro é notável. “O patamar de preços está sendo mantido em Minas Gerais e Goiás, onde há pouca demanda, mas quando ocorre algum negócio, o valor é gradativamente majorado. A sensação é que jamais houve um novembro com tão pouca oferta de Feijão-preto”, conclui.
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