quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Riedel afasta Édio Castro e Flávio Brito das secretarias do governo

 


Após a Operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrada ontem (29), contra servidores do alto escalão do governo de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel decidiu afastar o secretário adjunto da Secretaria Estadual de Educação (SED), Edio Antonio Resende de Castro e o secretário-adjunto da Casa Civil, Flávio Brito.


O Gaeco prendeu sete pessoas e cumpriu 35 mandados de busca e apreensão em cinco cidades de Mato Grosso do Sul, pelo crime de corrupção em licitações públicas fraudulentas, estimada em R$ 70 milhões para compra de ar-condicionado e produtos hospitalares.


Conforme a investigação do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC), a organização criminosa atuava fraudando licitações públicas de locação de equipamentos médicos hospitalares a aquisição de materiais e produtos hospitalares para pacientes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Campo Grande, dentre outros.


Uma destas empresas, Isomed, que assinou um dos contratos ainda com o ex-secretário de Saúde Geraldo Resende, atualmente deputado federal, continuava recebendo em torno de R$ 1 milhão por mês ao longo de 2023. Em maio do ano passado, ela foi vencedora de um pregão eletrônico e garantiu contrato de R$ 12.164.640, 00. Em 2021, recebia em torno de R$ 470 mil mensais da Saúde estadual.



Do alto escalão do governo de Mato Grosso do Sul, foram presos o secretário adjunto da Secretaria Estadual de Educação (SED), Edio Antonio Resende de Castro, a responsável pelas licitações na Secretaria de Estado de Administração (SAD-MS).


Da Apae foi preso Paulo Henrique Muleta Andrade, do setor de licitações da Secretaria de Estado de Administração (SAD-MS), a pregoeira Simone de Oliveira Ramires Castro, bem como os servidores públicos Thiago Haruo Mishima, Andrea Cristina Souza Lima, Victor Leite de Andrade e Sergio Duarte Coutinho Júnior.


Um oitavo alvo da operação não foi encontrado pela operação. Já o secretário-adjunto da Casa Civil, Flávio Britto foi alvo de mandado de busca e apreensão. 



SUELEN MORALES

Com o Portal Correio do Estado

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