quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Exército, Aeronáutica, Marinha e Força Nacional vão reforçar combate ao narcotráfico em MS

 


Exército, Aeronáutica, Marinha, Força Nacional, Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) vão atuar, até maio de 2024, na fronteira Brasil/Paraguai/Bolívia e divisa de MS/PR para combater o narcotráfico e avanço da criminalidade na região.


Forças Armadas, Forças de Segurança e Força Nacional atuarão, principalmente, nos municípios de Ponta Porã e Corumbá, que fazem parte da fronteira seca Brasil/Paraguai/Bolívia e em Mundo Novo, Eldorado, Naviraí e Itaquiraí, que abrigam o Lago de Itaipu.


Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assinou, nesta quarta-feira (1º), o decreto da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que estabelece a criação de uma operação integrada de combate ao crime organizado. O objetivo é desarticular organizações criminosas e conter o narcotráfico em Mato Grosso do Sul.


O presidente reconheceu que a violência se agravou e que o governo federal vai ajudar os governos estaduais no combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas e de armas.



O decreto também abrange reforço da segurança em outros estados brasileiros, como Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso e Paraná.


A Aeronáutica atuará no Aeroporto Internacional de São Paulo – Guarulhos (SP) e Aeroporto Internacional Tom Jobim - Galeão (RJ).


A marinha atuará nos Portos de Santos (SP), Itaguaí (RJ), Baía da Guanabara (RJ), Baía de Sepetiba (RJ) e no Lago de Itaipu (PR).


Já o Exército atuará na fronteira seca em Mato Grosso do Sul (Brasil/Bolívia/Paraguai), Mato Grosso (Brasil/Bolívia) e Paraná (Brasil/Paraguai/Argentina). A PF, PRF e Forças Nacional irão auxiliar as Forças Armadas durante a operação.


Conforme adiantado pelo Correio do Estado, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, havia encaminhado um pacote de medidas para reforçar a segurança no Rio de Janeiro. Mas, além disso, o governo federal também preparou outro projeto, que compreende as fronteiras do Brasil com outros países.


Com isso, Mato Grosso do Sul também entrou na lista de possíveis estados com reforço na segurança. “Isso não envolve a divisa do Rio de Janeiro com outros estados, que já estão exatamente sendo objeto de atuação da Força Nacional com a Polícia Rodoviária Federal. Refiro-me às fronteiras brasileiras, porque isso é relevante para o tráfico de drogas e armas que atinge fortemente o Sudeste”, explicou o ministro. 


O titular da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Antônio Carlos Videira, afirmou que o Estado está pronto para receber toda e qualquer ajuda do governo federal para conter os ilícitos que entram em Mato Grosso do Sul por meio das fronteiras.


“Assim que o governo federal abrir credenciamento para esse projeto, nós estamos prontos para aderir. Mato Grosso do Sul está em uma posição estratégica para essas quadrilhas que atuam tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro. Por aqui entram grandes volumes de cocaína, que é o que financia esses grupos criminosos, e isso precisa ser combatido”, declarou Videira ao Correio do Estado.


Para o secretário, as fronteiras de Mato Grosso do Sul são porta de entrada principalmente para a droga e, em alguns casos, para as armas.


“Há levantamentos que mostram que as quadrilhas da Região Sudeste preferem usar os portos para trazer as armas, por ser mais fácil e mais próximo, do que correr o risco de essas armas passarem por mais de mil quilômetros e vários pontos de fiscalização para chegar até eles”, avaliou. 


* Com informações da Agência Brasil


* Colaborou Daiany Albuquerque

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