domingo, 5 de junho de 2022

Retomada das obras na Avenida Ernesto Geisel deve ser publicada até julho

 

                                            GERSON OLIVEIRA

Trecho está parado desde o ano passado porque a empresa entregou a licitação pelo custo elevado da construção

DAIANY ALBUQUERQUE


As obras de revitalização da Avenida Ernesto Geisel, que estão paralisadas desde o ano passado, devem ser relicitadas até o mês de julho deste ano, de acordo com o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese.


O trecho, referente aos lotes dois e três – que vão da Rua da Abolição até a Bom Sucesso e da Bom Sucesso à Rua do Aquário –, foi abandonado pela empresa que venceu a primeira licitação, a Dreno Engenharia, porque o custo da obra era maior que o valor firmado em convênio com a Prefeitura de Campo Grande, assinado em 2018.


Segundo o secretário, do trecho todo, restam cerca de 40% da área para ser relicitado, já que na margem direita da via (no sentido centro-bairro) foi feito o paredão de gabião e colocada grades de proteção. Na outra margem, aproximadamente 10% do paredão foi concluído.


“Tivemos um pequeno atraso na publicação porque a Caixa Econômica demorou para liberar a relicitação, já estamos finalizando a papelada, e imagino que até o fim deste mês, mais tarde no começo de julho, devemos publicá-la”, garante o secretário.


O valor ainda não foi fechado porque, segundo Fiorese, as planilhas estão em atualização, já que o valor dos materiais de construção tiveram um aumento expressivo. No ano passado, o secretário afirmou que o trecho a ser finalizado correspondia a cerca de R$ 25 milhões do valor da licitação, feita em 2018.


Com os aumentos, a previsão era de que o montante deveria crescer cerca de 30%, o que daria um acréscimo de R$ 7,5 milhões, e a finalização passaria a custar R$ 32,5 milhões.


A obra deveria ter sido concluída há, pelo menos, dois anos, mas atrasos nos repasses por meio do governo federal deixaram a revitalização da avenida ainda mais demorada.


A licitação que escolheu as empresas era de 2018, na época, conforme a publicação do Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande), a Gimma Engenharia executaria a revitalização na Ernesto Geisel entre a Rua Santa Adélia e a Abolição com o custo de R$ 13,1 milhões.


Esse valor sofreu uma alteração e em 2020 teve aumento de R$ 627,7 mil, com o custo final deste lote da obra passando para R$ 13,7 milhões. Esse trecho foi o único a ser concluído, no ano passado.


Já em relação aos outros dois lotes, eles chegaram a sofrer aditivos, mas, mesmo assim, o encarecimento dos materiais de construção fez com que o aumento necessário ficasse alto e a opção mais viável fosse uma relicitação.


Os dois trechos executados pela Dreno Engenharia tiveram o valor de seus dois contratos reajustados em 2019. Um deles passou dos R$ 13,4 milhões iniciais para R$ 14,8 milhões, e outro passou de R$ 21,9 milhões para R$ 24,6 milhões.


Ao todo, a obra tinha previsão de custar R$ 57 milhões, dos quais R$ 47 milhões serão do governo federal e outros R$ 10 milhões vindo de contrapartida da Prefeitura de Campo Grande.


TRECHO SEM LICITAÇÃO

A prefeitura ainda espera que, além do término desses dois trechos faltantes, possa haver a abertura de certame para novos trechos de obras.


O local a ser incluso vai da Rua do Aquário até a Avenida Manoel da Costa Lima. A previsão é de que para executar essa obra sejam necessários mais R$ 60 milhões.


Esse é hoje o trecho mais problemático da avenida, com vários pontos de erosão que invadem, inclusive, a via. Em dois pontos, a margem já desmoronou e “comeu” uma das pistas da avenida.  


O mais críticos dessas erosões fica no trecho sentido bairro-centro, em frente ao ginásio do Guanandizão. O desmoronamento que começou no ano passado segue crescendo, porém, Fiorese garante que a erosão não está avançando, mas com o fluxo de carros constante na via o asfalto nesse trecho cede, causando, ainda conforme o secretário, a aparência de que o buraco aumentou.


“Com a vibração dos veículos, vai aparecendo rachaduras e uma parte cai, mas a erosão não aumentou com as chuvas, porque podemos ver que há vegetação ali, o que mostra que ela está estável”, alega Fiorese.


O titular da Sisep ainda afirmou que, com a estiagem, a prefeitura mandará uma equipe na região para reparar a erosão, com equipe própria, já que não há previsão para o trecho ser definitivamente revitalizado.


Para que essa parte seja revitalizada, o município solicitou à bancada sul-mato-grossense em Brasília (DF) que fosse feita uma emenda para que o valor fosse destinado por meio do orçamento da União de 2022, mas o projeto não foi incluso este ano.


RESTANTE DA AVENIDA

Além da requalificação desse trecho, a Prefeitura de Campo Grande também tem em andamento a contratação de uma empresa para fazer a avaliação de outros trechos da Ernesto Geisel onde há o paredão de concreto. Localizados da Rua Santa Adélia até o fim da avenida.


Dois trechos desses paredões já foram abaixo nos últimos anos em Campo Grande. O primeiro caiu em 2019, em frente ao cruzamento da avenida com a Rua Santa Adélia. Já no ano passado, uma parede localizada em frente à obra do Centro de Belas Artes, no Bairro Cabreúva, também desabou com as fortes chuvas de novembro.


No primeiro trecho, a obra só foi finalizada em 2021, já no trecho que caiu em 2021 os reparos foram finalizados no mês passado.


Com informação do Portal Correio do Estado

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