Por G 1
A Polícia Civil concluiu inquérito sobre o assassinato de uma mulher encontrada às margens de um córrego de Campo Grande, embaixo de um pontilhão, no dia 8 de setembro de 2021. Carlos Fernandes Soares é o principal responsável de ter matado a própria ‘tia’.
Conforme as investigações, Carlos teria conhecido Marcia Lugo Ortiz, de 57 anos, por intermédio do esposo dela. Se tornaram tão amigos, que até senha de cartões ele tinha acesso. Inclusive chegou a levar a mãe da vítima para tomar vacina contra covid, o que fez a confiança aumentar. Com tanta "intimidade", o rapaz passou a ser considerado como uma espécie de sobrinho de Márcia.
Durante as investigações, duas pessoas chegaram a ser presas. De acordo com João Reis Belo, titular da 6ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, um dos envolvidos era China, cobrador de agiotagem. As investigações apontaram que ele não tem relação com o crime conforme.
Carlos teria contado para a filha da vítima que estava presente no momento do crime e segundo ele, a mãe estava desconfiada da traição do marido. O homem teria alugado um carro para investigar o caso junto dela.
O veículo SW4, que ambos estavam, teria sido abordado por um outro carro, um HB20 branco em que China estaria dirigindo.
À polícia, Carlos contou que naquele momento, o cobrador teria efetuado dois disparos de arma de fogo que atingiram o carro e a vítima. Ela teria morrido na hora. Ele ainda afirmou que os três estavam no mesmo veículo quando China teria abandonado o corpo às margens do córrego.
Mentiras
Câmeras de segurança apontaram que o veículo em que Carlos e Marcia estavam não foi abordado pelo HB20. Além disso, imagens ainda mostram que o cobrador estava em casa, saiu e retornou tempos depois. Logo ele não teria como ter abordado o SVW.
Diante dos fatos, a polícia civil deve pedir pela liberdade de China, que está preso.
Provas
Após o crime, Carlos teria levado o veículo para seu lava-jato, onde realizou a limpeza completa do carro e acionou no dia seguinte um funileiro para fazer o reparo de uma porta, onde um dos tiros teria atingido, além de um carpeteiro para arrumar o tapete no veículo, já que era alugado.
Imagens de segurança do lava-jato foram apagadas para ocultar que o carro que teria sido levado para o local.
Após a prisão de china, Carlos chegou a sair da capital e viajou para diversas cidades do interior, como Jardim e Ponta Porã.
Dinheiro
Antes de matar a tia, Carlos teria feito um limpa nas contas de Mãe de Marcia, cerca de R$ 104 mil foram transferidos para sua conta pessoal, além de empréstimo realizado no caixa eletrônico de uma agência.
Em depoimento, ele contou que as transferências eram realizadas por Márcia, que o ajudava com dívidas por agiotagem que ele teria. Questionado sobre o porquê dessa ajuda, ele não se pronunciou.
O que também chamou a atenção durante o inquérito é de que o ‘sobrinho’ teria ficado interessado em uma herança que Marcia iria receber por conta da morte do pai, em dezembro do ano passado.
Ainda em depoimento, o homem não se mostrou arrependido pelo fato. A perícia chegou a concluir que Carlos efetuou dois disparos de arma de fogo em Márcia. Um deles a queima roupa, o mesmo com cerca de 24 cm de distância, dentro do veículo e não fora, como afirmado pelo autor.
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