Considerando os recursos limitados de terra e água disponíveis para a produção agrícola e com foco em segurança alimentar, proteger as florestas tropicais, áreas úmidas e pastagens ricas em carbono e biodiversidade um projeto global busca avaliar culturas visando aumentar os rendimentos das colheitas atuais. Coordenada a nível global pela Universidade de Nebraska (EUA), o Atlas da Lacuna de Rendimento Global ou Global Yield Gap Atlas (Gyga), está sendo desenvolvido em 74 países.
A primeira fase do projeto (2012-2015) centrou-se nas culturas de cereais. Recentemente, a pauta de safras foi ampliada com soja, cana-de-açúcar e batata e as pesquisas são feitas de forma colaborativa com instituições do mundo todo. Na safra 20/21 e na 21/22 Santa Catarina vai avaliar a cultura do milho.
O projeto Milho SC – Gyga, está sendo desenvolvido em 42 municípios de Santa Catarina, cobrindo todas as regiões produtoras do Estado. A parceria de pesquisa é entre a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina (Epagri) e a Universidade Federal de Santa Maria –RS (UFSM), em uma união de academia e extensão rural.
As análises ocorrem a campo e envolvem modelos matemáticos para estimar o potencial máximo de produtividade do milho nas diferentes regiões e a aplicação de questionários em mais de 200 lavouras de produtores rurais para apurar fatores e lacunas que afetam a produção do milho em Santa Catarina, onde o grão tem muita importância e existe um grande déficit. “Saber onde produz, onde não produz e os motivos é uma informação importante de delineamento de políticas públicas e direcionamento de pesquisa para ver onde há potencial para expandir”, destaca o coordenador da pesquisa, do Centro de Pesquisa da Agricultura Familiar (Epagri/Cepaf), de Chapecó, Leandro do Prado Ribeiro.
Como os experimentos começaram nesta safra ainda não há resultados consolidados. Segundo projeção da Conab, nas duas safras, Santa Catarina deve produzir 2,8 milhões de toneladas de milho.
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