Por Globo Rural
A Administração Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês) anunciou nesta sexta-feira (23/10) a reabilitação de dois dos oito frigoríficos que estavam impedidos de exportar ao país: Marfrig de Várzea Grande (MT) e BRF de Dourados (MS).
A liberação das exportações ocorre após inspeções realizadas entre final de setembro e início de outubro, como antecipou Globo Rural. As demais empresas suspensas, que também foram inspecionadas, ainda aguardam a oficialização da reabilitação de suas exportações pelas autoridades chinesas.
“Após auditoria por videoconferência e apresentação de documentos, conduzidas pelas equipes do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal e do Serviço de Inspeção Federal (SIF), as autoridades chinesas concluíram que as medidas adotadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pelos estabelecimentos foram satisfatórias e adequadas para o atendimento às exigências chinesas”, apontou o Ministério da Agricultura, em nota.
Principal destino das exportações brasileiras de carne, a China elevou o rigor com a segurança sanitária dos alimentos importados pelo país neste ano, interrompendo as compras de empresas que apresentassem risco de contaminação por Covid-19.
“São medidas temporárias, que não visam um país em particular, como o Brasil, não vão afetar a qualificação dos frigoríficos exportadores e tampouco terão um impacto substancial no comércio do agronegócio bilateral”, registrou a representação diplomática do país após a última suspensão, no final de setembro.
Suspensa desde final de julho, a BRF de Dourados comentou em nota sua reabilitação e ressaltou o caráter estratégico do mercado chinês para a companhia. “A liberação para a retomada de exportações para o país asiático, mercado estratégico para a BRF, reforça o compromisso da companhia com a qualidade de seus produtos e com a saúde e segurança dos seus colaboradores", declarou Lorival Luz, CEO global da BRF.
Procurada, a Marfrig confirmou que a unidade de Várzea Grande foi reabilitada pelos chineses. O frigorífico estava suspenso desde o final de junho e foi um dos primeiras a ter os embarques para a China interrompidos por conta da Covid-19.
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