"Mama Goma" (2014), fotografia de Deana Lawson, uma das artistas convidadas para esta Bienal Foto: Divulgação
Giuliana de Toledo; O Globo
A 34ª Bienal de São Paulo anunciou que, apesar de ter adiado sua mostra principal para setembro de 2021, fará uma exposição presencial nas próximas semanas. Batizada de “Vento”, essa coletiva terá obras de 21 artistas que também poderão ser vistos no evento do ano que vem. Para o curador geral, Jacopo Crivelli Visconti, a ideia é que ela funcione “como o índice desta edição da Bienal”, porque aponta “temas que voltarão expandidos”.
O público poderá conhecer os trabalhos de 14 de novembro a 13 de dezembro no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, tradicional “casa” da Bienal dentro do Parque Ibirapuera. A abertura vem na esteira da liberação do funcionamento de parques aos finais de semana, assinada pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) na segunda-feira.
Antes da inauguração para os visitantes, no dia 13, às 18h, para marcar o começo de “Vento”, haverá uma performance do artista mineiro Paulo Nazareth, “[A] a flor da pele”, inédita no Brasil. Naquele momento, porém, o edifício estará fechado. Só será possível acompanhar a atividade ao vivo pelo Instagram (@bienalsaopaulo)
O nome de Paulo Nazareth, aliás, é um dos dez novos anunciados tanto para essa exposição quanto para a mostra principal. Além dele, foram confirmados Alice Shintani, Ana Adamovic, Eleonore Koch, Gala Porras-Kim, Jacqueline Nova, Koki Tanaka, Luisa Cunha, Melvin Moti e Musa Michelle Mattiuzzi. Os 11 demais que aparecem em “Vento” já haviam sido divulgados, como Antonio Dias, Clara Ianni, Deana Lawson e Joan Jonas.
De Joan, inclusive, vem o título da exposição. “Vento” (no original, “Wind”) é um filme que a americana gravou em 1968, mostrando o trabalho de performers para fazer uma coreografia em Long Island durante um dia de frio intenso na praia. A obra estará nessa mostra e aparecerá outra vez no evento de 2021.
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Adequada aos protocolos contra o coronavírus, a exposição terá uma novidade para ajudar no distanciamento social e, ao mesmo tempo, fazer “uma ressonância poética da necessidade de se afastar dos outros e do mundo”, como destaca o curador: nenhuma parede expositiva será construída. Todas as obras estarão dispostas no edifício “nu”, sem intervenções nos espaços do pavilhão.
“Vento”
Quando: de 14 de novembro a 13 de dezembro; quartas, sextas, sábados e domingos, das 11h às 19h; quintas, das 11h às 20h. Performance de abertura, em 13/11, às 18h, em www.instagram.com/bienalsaopaulo.
Onde: no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera, em São Paulo.
Quanto: gratuito; é necessário agendar a visita, a partir de 11/11, pelo site 34.bienal.org.br.
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