Marcel Oliveira
Por: AGROLINK -Eliza Maliszewski
De julho a setembro, primeiro trimestre deste ano-safra, as áreas agropecuárias com tecnologias de redução dos gases do efeito estufa financiadas pela linha de crédito do Programa ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) aumentaram 97,9%.
A área passou de 245 mil hectares para 485,1 mil hectares. No período, as operações totalizaram R$1,068 bilhão, aumento de 36,8% em relação ao mesmo períodod do ano passado. O número de contratos também cresceu, de 796 para 1.202 (51%).
O Programa ABC é uma política nacional focada em estimular a agricultura sustentável. Também inclui ferramentas de assistência técnica, transferência de tecnologia e pesquisa, que o auxiliarão na expansão do uso das tecnologias de baixa emissão de carbono nas propriedades. As tecnologias envolvem recuperação de pastagens degradadas, integração lavoura-pecuária-floresta, sistema plantio direto, fixação biológica de nitrogênio, florestas plantadas e tratamento de dejetos animais.
O Centro-Oeste lidera em valor contratado e área financiada, com R$ 361,6 milhões em uma área superior a 271,4 mil hectares. Esta área é maior do que foi financiado em todo o Brasil no mesmo período do ano-safra anterior. O líder nacional é Mato Grosso. No estado os produtores contrataram R$ 163,9 milhões em 66,8 mil hectares. Já o que mais expandiu a área foi o vizinho Mato Grosso do Sul, com 167 mil hectares de área financiada.
O Sudeste ficou com o segundo lugar no quesito valor contratado, com mais de R$ 250 milhões, e em terceiro lugar na área financiada (75,8 mil ha). O Nordeste somou quase R$ 193,7 milhões, ficando na terceira posição e área superior a 79 mil hectares (segunda posição). Os produtores do Norte tomaram mais de R$ 162 milhões para financiar mais de 41,8 mil hectares. O Sul totalizou quase R$ 100 milhões em financiamento em uma área de mais de 31 mil hectares.
De 2010 a 2018, mais de 40 milhões de hectares adotaram as tecnologias previstas no Plano ABC, conforme publicação da Embrapa. O Programa ABC já financiou, desde 2010/11 quando foi criado, mais de R$ 20,8 bilhões. No Plano Safra 2020-2021, o programa conta com R$ 2,5 bilhões para financiamentos, ampliação de R$ 400 milhões. As taxas de juros são de 4,5% e 6% ano.
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