quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Safrinha de milho deve ganhar fôlego

Por:  -Leonardo Gottems             Foto:Divulgação

A safrinha brasileira de milho deve ganhar um fôlego extra com o incentivo dos preços, mesmo com um atraso na safra soja, segundo o que informou a mais nova análise da consultoria INTL FCStone. De acordo com a analista de mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi, a área plantada é estimada em 13,17 milhões de hectares, o que representa um crescimento de 2,24% frente a 2018/2019.


Na questão da produção, o grupo estima produção de 72,11 milhões de toneladas, 1 milhão de toneladas a menos que o recorde registrado no ciclo anterior.  "Os preços mais sustentados e as exportações recordes podem acabar incentivando a safrinha. Esse leve aumento da produção foi resultado de uma revisão na produtividade esperada para o Rio Grande do Sul, que passou de 7,26 para 7,49 toneladas por hectares, diante de condições climáticas muito favoráveis para o desenvolvimento do cereal”, comenta.

Em relação ao estado do Rio Grande do Sul, este deve ser o principal produtor da primeira safra, o que acabou influenciando na produtividade média do Brasil, agora estimada em 6,39 toneladas por hectare pela INTL FCStone. “As estimativas para as exportações de milho foram calculadas em 35 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno ficou em 68,5 milhões de toneladas. Mesmo considerando um consumo maior, com a produção total de milho (1ª, 2ª e 3ª safras – utilizou-se o número da Conab para a 3ª safra) em 99,92 milhões de toneladas, os estoques ficariam acima e 10 milhões de toneladas”, completa a companhia.

Com a soja, "não houve ajustes na área plantada e as perspectivas continuam positivas, com o regime de chuvas apresentando um padrão mais regular em todo o país", indica a analista de mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi. O clima nas próximas semanas deve ser acompanhado de perto, já que o nível de umidade é central na fase de enchimento de grãos.

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