sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Filme: Minha Mãe é Uma Peça 3



Ficha técnica
Nome: Minha mãe é uma peça 3
Nome Original: Minha mãe é uma peça 3
Cor filmagem: Colorida
Origem: Brasil
Ano de produção: 2019
Gênero: Comédia
Duração: 105 min
Classificação: 12 anos
Direção: Susana Garcia
Elenco: Paulo Gustavo, Herson Capri, Mariana Xavier, Rodrigo Pandolfo, Samantha Schmutz

Ao fim das quase duas horas de filme e uns bons minutos de créditos homenageando a família de Paulo Gustavo, é de se perguntar se a franquia Minha mãe é uma peça não começa a dar sinais de cansaço em seu terceiro exemplar. Não que o filme deva desagradar aos fãs e às fãs; está tudo lá que fez a fama de Dona Hermínia, seu jeito de pouca paciência e desbocado, seu lado mãe amorosa, suas idas e vindas com o pai dos filhos (Herson Capri), enfim, tudo o que já esteve nos dois primeiros filmes. Mas é só.

Dirigido por Susana Garcia, o longa não mostra receio de repetir seus antecessores e a si mesmo. Realmente, ao menos num aspecto, não há problema em manter o que há de melhor na franquia: a interpretação de Paulo Gustavo. Por mais que se possa ter birra dele ou da personagem, é impossível não rir algumas vezes com as trapalhadas e intromissões de Hermínia, sempre com a melhor das intenções. A protagonista é grande, é uma excelente figura cômica e até humana, mas as personagens coadjuvantes simplesmente não existem. Sabemos que uma comédia joga com estereótipos, mas aqui nem isso funciona. Parece haver uma involução do filho (Rodrigo Pandolfo) e da filha (Mariana Xavier). Eles já foram maiores e mais interessantes, aqui são apenas escada para Gustavo subir degrau por degrau, pisando na cabeça deles até chegar ao topo.

O filho, Juliano, avisa que vai se casar – e o filme traz a relação homoafetiva mais sanitizada da história do cinema, nem abraçar o namorado ele abraça -, enquanto sua irmã, Marcelina, se descobre grávida do namorado bicho-grilo. O potencial de humor dessas situações é minado enquanto o filme acumula cenas e mais cenas que poderiam estar em qualquer outro filme protagonizado pela personagem. Essas sub-tramas, aliás, somem e só voltam nos momentos em que não há outro lugar para a narrativa ir, precisando de um novo incidente para seguir em frente.

Talvez a questão de Minha mãe é uma peça 3 seja exatamente essa: fazer rir sem querer exigir muito. A ideia parece ser não cobrar uma trama um pouco mais elaborada, pois a sequência do filme nacional de maior sucesso de 2017 não vai querer mudar o padrão logo agora que está faturando alto.
Alysson Oliveira

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