quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Mercado da cana ainda espera “virada”

Por:  -Leonardo Gottems            Foto: Ubirajara Machado

O mercado brasileiro da cana-de-açúcar ainda está esperando uma virada desde o ano de 2018, segundo informações divulgadas pelo relatório de estimativas do agronegócio, realizado e divulgado pelo Rabobank. De acordo com o relatório, a visão preliminar para a moagem no Centro-Sul em 2020/2021 deve se manter estável.


“É projetado entre 580 – 590 milhões de toneladas, valor semelhante à expectativa para a safra 2019/20. Claro que o clima ao longo da entressafra tem potencial para influenciar esta visão, e merece monitoramento – a precipitação em outubro e novembro de 2019 foi abaixo da média em muitas regiões do Centro-Sul. A redução na área de cana em algumas regiões é fato, mas em compensação há mais canavial sendo disponibilizado para colheita devido ao encolhimento da área de mudas associado à espalha de plantio via ‘meiosi’”, diz o texto.

As projeções do Rabobank indicam ainda que a variável chave para a nova safra 2020/21 é mais uma vez o mix. “Para o mercado de petróleo preveem o preço internacional (Brent) levemente acima de USD 70/barril ao longo de 2020. Isto, se concretizar, junto com o câmbio previsto em R$ 4,00/USD, geraria preços robustos para a gasolina no mercado interno”, completa.

Como ponto de atenção, o relatório indica que as fortes chuvas no final da época das monções na Índia este ano lançaram uma sombra sobre as perspectivas do mercado de açúcar para além de 2020, ameaçando que o país volte com mais uma safra grande em 2021.A produção tailandesa também poderia recuperar. Além disso, caso o preço de petróleo (Brent) se desvalorize para abaixo dos USD 60/barril em 2020, poderia incentivar um aumento significativo na produção de açúcar brasileiro.

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