Por: AGROLINK -Leonardo Gottems foto:vonaldo Alexandre
Um estudo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em seu campus na cidade de Pirassununga, em colaboração com colegas das universidades da Flórida, nos Estados Unidos, e Antuérpia, na Bélgica, indicou que existe uma Comunicação bioquímica entre o embrião e o útero que pode ser essencial para garantir o desenvolvimento ideal e a consolidação bem sucedida da gestação bovina.
Os resultados deste estudo, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa Científica do Estado de São Paulo (FAPESP), foram publicados na revista Scientific Reports . "Descobrimos que há uma comunicação bioquímica do embrião com o útero muito mais cedo do que se pensava: no sétimo dia de gravidez", disse Mario Binelli , professor da Universidade da Flórida e coordenador do projeto.
"A partir desse estágio de desenvolvimento, o embrião tem a capacidade de alterar a composição bioquímica do ambiente uterino e, provavelmente, essas mudanças favorecem o desenvolvimento embrionário", disse Binelli.
Segundo o pesquisador, na fase embrionária da gestação bovina, o embrião transita dos tubos (ovidutos) para o lúmen do útero, onde permanece suavemente aderido por um período de 20 dias até sua implantação e início do parto a formação da placenta (placentação). Esse período é crítico para a gravidez, pois 40% dos embriões morrem nessa fase. Enquanto isso, após o implante, a mortalidade embrionária diminui à medida que os embriões recebem nutrientes através da placenta.
Até o momento, não havia hipótese de que o embrião bovino pudesse influenciar o útero materno no início do estágio pré-implante, pois, nesse estágio, é extremamente pequeno - possui entre 100 e 200 células - e microscópico: mede aproximadamente 200 mícrons.
Nenhum comentário:
Postar um comentário