segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Campo Grande: Capital de desafios para o novo prefeito


                                         Foto:Divulgação

Os votos dos campo-grandenses elegeram ontem, em segundo turno, Marquinhos Trad (PSD) prefeito do município. O novo gestor vai assumir a Capital com grandes desafios a serem resolvidos ou atenuados, depois de quatro anos marcados pela instabilidade política com impacto direto nos principais setores da administração municipal.

A reportagem esta   na edição de hoje do jornal Correio do Estado.

Apesar do projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA), encaminhado no início deste mês para a Câmara de Vereadores, prever aumento nominal de 4,3%, a prefeitura deve pagar pela má gestão dos recursos nos últimos anos, o que tende a encarecer boa parte dos serviços.

O aumento no total de gastos estimado em relação a este ano é de R$ 135.927.000. A Lei Orçamentária Anual (LOA) previa gastos de R$ 3.454.073.000 para 2016, enquanto, a previsão para o ano que vem é de R$ 3.590.000.000,00.

A ligeira melhora nos investimentos não impediu que a saúde, por exemplo, tivesse R$ 13,2 milhões a menos em recursos.

DIVERSAS OBRAS ESTÃO À ESPERA DE CONCLUSÃO

As obras inacabadas estão entre os principais desafios do próximo prefeito. Apenas neste ano, a promessa do prefeito Alcides Bernal (PP), era investir R$ 45 milhões em 42 obras, porém, até o momento poucas saíram do papel.

O pacote anunciado no mês de maio previa a finalização de obras na área de saúde e educação, entretanto, algumas ainda nem sequer começaram a ser executadas e outras funcionam em ritmo lento.

MUNICÍPIO CONTINUA COM NOTA VERMELHA

A nota acima da média 6.0 na avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) ainda é sonho para os índices de Campo Grande. Conforme dados da Prova Brasil e utilizado na estimativa do Ideb de 2015, divulgado pelo Ministério da Educação, as escolas municipais tiveram queda de 0,77% no desempenho na disciplina matemática, entre os alunos das séries iniciais (1° a 5° anos).

Os alunos de 5º ano da Capital apresentaram a pior variação entre os anos de 2013 e 2015. O resultado mais aproximado com o do município é de Florianópolis. As duas capitais são as únicas que recuaram nos índices.

FALTA DE REMÉDIOS E DE MÉDICOS

Maior eficiência nos atendimentos nas 72 Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSFs) e Unidades Básica de Saúde (UBSs) pode resolver boa parte dos problemas na área de saúde. Os desafios nas unidades envolvem desde falta de medicamentos simples e básicos, como Paracetamol, a ampliação de equipes de profissionais para agendamento de consulta.

32,5 MIL FAMÍLIAS SEM CASA

Em Campo Grande, há 32,5 mil famílias na fila de espera da casa popular. Esse número é seis vezes maior que a quantidade de unidades habitacionais (5.469, no total) entregues pela prefeitura nos últimos três anos. Além dessa demanda muito acima do retorno dado pelo município, nenhum novo projeto para construção de moradias populares foi apresentado pela administração municipal.

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