terça-feira, 27 de julho de 2021

Adolescente admite ter mentido sobre estupro em carro de aplicativo em Campo Grande

 

Jornal Midiamax


Adolescente, de 15 anos, que denunciou um suposto caso de estupro sofrido por um passageiro durante corrida por aplicativo em Campo Grande, prestou depoimento especial na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), na tarde desta segunda-feira (26). Ela admitiu ter mentido ao registrar boletim de ocorrência, na presença da mãe, no último sábado (24). O motorista foi ouvido e liberado,  e negou o estupro, além da corrida compartilhada.


Em depoimento especial, na presença de psicólogos, a adolescente afirmou que o motorista não abusou dela e também que não havia passageiro no carro. Isso porque, no boletim de ocorrência registrado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), ela afirmou que o aplicativo de transporte teria avisado que a corrida seria compartilhada, o motorista desviado da rota e ela teria sido estuprada pelo passageiro durante 50 minutos. Ainda segundo a denúncia inicial, o motorista dava instruções para o autor não deixar marcas no corpo da menina.


O motorista do veículo prestou depoimento na Deam após ser localizado na madrugada do domingo (25). Ele disse que estava sozinho o carro e que a corrida não era compartilhada, como a garota havia relatado. Por não se tratar mais de flagrante, ele foi liberado, mas ainda era tido como suspeito até então.


Iria buscar uma pizza

A mãe da menina procurou a delegacia depois de a filha contar o que havia acontecido. O carro e o celular do motorista foram apreendidos pela polícia. O veículo era alugado.


A adolescente disse que o crime aconteceu por volta das 22 horas de sexta-feira (23), quando ela chamou um carro de aplicativo para buscar uma pizza. O aplicativo teria avisado a passageira que a corrida seria compartilhada, a adolescente aceitou, mas durante o trajeto o motorista teria mudado o itinerário. 


O motorista, segundo os relatos da mãe da adolescente, parou em uma rua escura e deserta, sendo neste momento que o passageiro teria dado tapas no rosto da garota e a estuprado por cerca de 50 minutos. A adolescente ainda falou que, durante o suposto estupro, o motorista do carro "dava instruções para o autor não deixar marcas no corpo dela".


A jovem ainda afirmou que ele "chegou a fazer ameaças dizendo que sabia onde ela morava". Em seguida ao crime, a garota alegou ter sido deixada em uma rua pela dupla. Ela pediu por outro motorista de aplicativo para voltar para casa, quando contou à mãe o que havia acontecido. Com a placa do carro, foi descoberto que o veículo, um Argo de cor preta, era alugado e que recentemente havia se envolvido em um acidente.

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