FolhaPress
Com um impasse na base aliada, o presidente Michel Temer considera manter o ministro Antonio Imbassahy, do PSDB, à frente da Secretaria de Governo, apesar da pressão da bancada federal do PMDB em trocá-lo.
Em conversas reservadas, na noite de segunda-feira (20), o peemedebista disse que sua intenção é deixá-lo no cargo pelo menos até a convenção nacional do PSDB, em 9 de dezembro, mas que a decisão dependerá de reuniões com a base aliada.
Nesta terça-feira (21), o Palácio do Planalto iniciou consultas a líderes governistas sobre a permanência do ministro e recebeu sinalizações positivas inclusive de partidos do chamado "centrão", antes favoráveis à saída do tucano
Para pressionar o presidente, a bancada peemedebista anunciou também nesta terça a indicação do deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) para a Secretaria de Governo, mas a decisão não foi bem recebida por partidos como PP e PR, que preferem a manutenção do tucano no cargo.
Com a indefinição, o presidente tem avaliado que uma troca neste momento poderia mais atrapalhar do que ajudar na votação da reforma previdenciária e que seria melhor deixá-la para a metade de dezembro, mesmo com a insatisfação do PMDB.
Para o entorno do peemedebista, a posse do deputado federal Alexandre Baldy (GO) para o Ministério das Cidades nesta quarta-feira (22) diminuiu a pressão pela troca do tucano neste momento.
Isso porque seu nome conta com a chancela tanto dos partidos do "centrão" como do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Nesta terça, o presidente se reuniu com o líder do governo na Câmara dos Deputados, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e com o líder do PMDB, Baleia Rossi (SP), para discutir o assunto. Na conversa, Baleia afirmou a Temer que Marun aceita não ser candidato à reeleição caso seja nomeado ministro, uma das condições exigidas pelo peemedebista para a sua nova equipe ministerial.
O presidente disse a assessores e auxiliares, contudo, que uma troca neste momento não seria útil e que é melhor aguardar o comportamento da base aliada diante da reforma previdenciária antes de anunciar mudanças.
A ideia do presidente é fazer a maior parte das trocas ministeriais no início do ano que vem e a conta-gotas, para evitar desgastes.
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