terça-feira, 21 de novembro de 2017

Operário cobra na Justiça R$ 260 mil de empresa alvo de investigação da PF


Por RENAN NUCCI e LUANA RODRIGUES       Foto:PF

Alvo de investigação da Polícia Federal na Operação Ouro de Ofir, deflagrada nesta terça-feira, a empresa Company Consultoria Empresarial Eireli, localizada em Campo Grande, deve R$ 260.213,25 atualizados ao Operário Futebol Clube. Conforme apurado, o montante é referente a contrato de patrocínio firmado em outubro do ano passado, para disputa do Campeonato Estadual de 2017, competição que foi patrocinada pela Company, assim como outros clubes.

O valor seria de aproximadamente R$ 350 mil, mas apenas 30% do combinado foi pago, razão pela qual em 7 de abril, a diretoria do clube optou pela rescisão. A inadimplência resultou no atraso de salário dos jogadores, motivo pelo qual o Operário teve rescindido contrato com o Profut, programa de parcelamento de débitos do futebol, pois não conseguiu pagar em dia parcelas de R$ 3 mil, perdendo desconto milionário.

Tal situação levou o presidente do clube, Estevão Petrallas, a vender seu carro e fazer um empréstimo consignado, no intuito de amenizar o passivo e conseguir adimplir com parte dos acordos trabalhistas. Deste modo, foi movida ação de execução de título extrajudicial junto a Celso Eder Gonzaga de Araújo, gerente da Company. Conforme decisão do juiz Alexandre Corrêa Leite, da 13ª Vara Cível, foi deferida a penhora de bens.

OPERAÇÃO

Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram hoje a Operação Ouro de Ofir. A investigação busca desarticular organização criminosa que atua na forma de uma verdadeira instituição financeira clandestina aplicando golpes para induzir pessoas a investir quantias em dinheiro, com o escopo de obter lucros financeiros exorbitantes. Foram cumpridos mandados em Campo Grande, sede do esquema, Terenos, Goiânia (GO) e em Brasília (DF).

O esquema era baseado na existência de uma suposta mina de ouro que foi explorada há muito tempo e cujos valores oriundos das comissões para a revenda estariam sendo repatriados e cedidos, vendidos ou até mesmo doados a terceiros, mediante pagamentos. Existe, inclusive, a esdrúxula figura de contrato de doação mediante pagamento. O alvo principal segundo a PF foi a Company, localizada no Jardim São Francisco, na Capital.

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