quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Primavera intensifica problemas respiratórios e de pele; saiba como se cuidar

 

                                            Folhapress

  • Variação térmica e alternância entre chuvas e tempo seco aumentam casos de asma, rinite e bronquite

  • Maior presença de pólen e ácaros intensificam os problemas característicos da estação


A chegada da primavera, que começou nesta segunda-feira (22) no hemisfério Sul, traz consigo não apenas flores, mas também algumas mudanças na saúde respiratória e da pele.


A instabilidade provocada pelo aumento gradual das temperaturas, maior variação térmica e alternância entre chuvas e tempo seco aumenta o risco de alergias respiratórias como asma, rinite e bronquite, além de reduzir a imunidade, afirma Maria Elisa Bertocco, diretora da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai).


Segundo a médica, o calor e a umidade favorecem a proliferação de ácaros, também responsáveis por alergias. Outro fator de risco é o aumento da concentração de pólen, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.


Entre os sintomas mais comuns dos problemas respiratórios característicos desta época do ano estão tosse, espirro, olhos vermelhos e lacrimejantes e secreção nasal, reações defensivas do organismo. Para amenizá-los a médica recomenda lavar olhos e nariz com soro fisiológico. O uso de antialérgicos deve ocorrer apenas com prescrição médica.


Bertocco também recomenda caprichar na limpeza dos ambientes internos, com aspirador de pó e pano úmido, evitando usar vassouras e espanadores, que mantêm partículas em suspensão.


Exercícios físicos, segundo ela, devem ser feitos preferencialmente em locais fechados; ao ar livre, o ideal é praticar no período da manhã, quando há menos pólen.


Cuidados com a pele no tempo seco


Após um inverno extremamente seco, a primavera deve ser de chuva acima da média e temperatura amena no estado de São Paulo.


Ainda assim, são esperados períodos de tempo, que favorecem a perda de água pela pele e pelas mucosas. Segundo Gustavo Novaes, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, esse ressecamento pode causar coceira, descamação, dermatite atópica e irritações.


Para se proteger, ele recomenda hidratar a pele com produtos que retêm água, como glicerina, ureia em baixas concentrações, ácido hialurônico e ceramidas, aplicados logo após o banho. Também recomenda evitar banhos quentes.


Mesmo com temperaturas amenas, o uso diário de protetor solar segue indicado, pois a radiação ultravioleta continua intensa e pode provocar queimaduras, manchas e envelhecimento precoce.


Luísa Monte

Folha de São Paulo

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