A deputada federal Camila Jara (PT-MS) protocolou nesta semana um ofício ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pedindo que Mato Grosso do Sul seja contemplado como prioridade na distribuição do contraceptivo Implanon. O pedido acontece após o anúncio do Ministério da Saúde, na última sexta-feira (19), da aquisição de 100 mil unidades do medicamento, que tem eficácia de até três anos.
O Implanon é um implante colocado sob a pele, na parte superior do braço, e na rede privada pode custar até R$ 4 mil, valor considerado inacessível para a maioria das mulheres brasileiras, sobretudo em comunidades periféricas, rurais e indígenas.
Para a parlamentar, garantir a oferta do contraceptivo na rede pública é fundamental para diminuir desigualdades sociais e regionais.
“É imprescindível que o acesso ao Implanon chegue à ponta, às Unidades Básicas de Saúde e de Saúde da Família, que são a porta de entrada da maioria absoluta da população sul-mato-grossense. Sem essa garantia, corremos o risco de manter afastadas justamente as mulheres que mais precisam”, declarou Camila.
No documento entregue ao ministério, a deputada também solicita a capacitação imediata de profissionais da Atenção Primária, de modo que estejam preparados para realizar a inserção e a retirada do implante de forma segura e humanizada. Além disso, ela propõe a realização de campanhas educativas que informem as mulheres sobre o funcionamento do anticoncepcional, seus direitos e os locais de acesso.
O Implanon é considerado um dos métodos mais eficazes de prevenção da gravidez, além de auxiliar no tratamento da endometriose e contribuir para a redução da mortalidade materna.
“O Implanon não é apenas um insumo de saúde. Ele é um instrumento de emancipação, autonomia e redução das desigualdades para as mulheres. Ele abre horizontes para que milhares possam planejar seu futuro com mais dignidade e liberdade”, reforçou a deputada.
De acordo com o Ministério da Saúde, a previsão é distribuir 1,8 milhão de implantes contraceptivos até 2026.
Com Agência
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