sábado, 18 de novembro de 2023

O Papa: sede misericordiosos, próximos dos pobres, com a caridade de Jesus

 

                                              Encontro do Papa na sala Clementina= Vatican Media



Exorto vossas paróquias e comunidades a serem exemplares na prática das obras de misericórdia e a estarem próximas de todos, especialmente das famílias, dos jovens, dos doentes, dos idosos e dos pobres, com a caridade de Jesus. Isso também exige que sejamos administradores responsáveis da criação, sabendo que o cuidado com os outros e o cuidado com nossa casa comum estão intimamente ligados: foi a premente exortação de Francisco aos peregrinos da Arquidiocese de Ozamiz, nas Filipinas


Raimundo de Lima – Vatican News


Faço votos de que os outros eventos e celebrações previstos para o Jubileu inspirem todos os membros da comunidade arquidiocesana a aprofundar a consciência do chamado batismal para viver sempre como discípulos fiéis do Senhor. Dessa forma, alimentada pela pregação da Palavra de Deus e pela celebração dos Sacramentos, a Igreja em Ozamiz poderá contribuir para a propagação do Reino de Deus, um Reino de justiça, unidade e paz. Foram os auspícios do Papa aos peregrinos da Arquidiocese de Ozamiz, nas Filipinas, que estão celebrando o 50º aniversário da atual Arquidiocese com uma peregrinação mariana na Europa, um grupo de 120 pessoas.


Ao recebê-los em audiência na manhã desta sexta-feira (17), na Sala Clementina, no Vaticano, Francisco disse ser justo celebrar esse vosso Jubileu de ouro desse modo, com uma peregrinação.


A peregrinação a santuários é uma clara expressão de confiança em Deus. Os peregrinos levam em seus corações sua fé, sua história, alegrias, ansiedades, esperanças e orações pessoais. Penso na história bíblica de Ana, a mãe do profeta Samuel. Ela foi ao santuário de Siloé com tristeza, mas ao mesmo tempo com humilde confiança, para pedir a Deus a dádiva de um filho. Lá o Senhor ouviu sua oração e concedeu seu desejo.


A Virgem Maria, a primeira discípula missionária

O Santo Padre prosseguiu em sua saudação aos peregrinos filipinos ressaltando que nos santuários encontramos o terno amor do Pai que tem misericórdia de todos. E essa misericórdia muitas vezes se manifesta a nós por meio de nossa santa Mãe, Maria, que nos ensina a acolher Deus em nossa vida e que, justamente por ser mãe, sabe como colocar nossas necessidades diante de Jesus, como fez com os esposos em Caná.


“Gosto do fato de que o gesto de Maria, aquele que a representa como ela é, é apontar para Jesus. Em Caná, o que ela disse? 'Fazei o que Ele vos disser'. Maria nunca aponta para si mesma, Maria sempre aponta para o Senhor. É um gesto de mãe, e generoso, porque ela nunca quis se colocar no centro, sempre o Senhor.”


O Pontífice manifestou sua alegria por esta ser uma peregrinação mariana e fez votos de que eles possam deter-se em oração em vários santuários dedicados a Nossa Senhora. "É Maria, de fato, que nos mostra que ser discípulo de Jesus implica sempre ouvir sua palavra, meditá-la no coração e depois levá-la aos outros, como aprendemos quando ela vai visitar sua parente idosa Isabel. Podemos dizer que a Virgem Maria foi a primeira discípula missionária", enfatizou.


Caminhar juntos em solidariedade fraterna

Espero que esta peregrinação ajude cada um de vós a ser como ela: discípulos missionários transformados pelo encontro com o Senhor e renovados no zelo de testemunhar sua presença, sua compaixão e seu amor.


A esse propósito, disse o Papa, "exorto vossas paróquias e comunidades a serem exemplares na prática das obras de misericórdia e a estarem próximas de todos, especialmente das famílias, dos jovens, dos doentes, dos idosos e dos pobres, com a caridade de Jesus. Isso também exige que sejamos administradores responsáveis da criação, sabendo que o cuidado com os outros e o cuidado com nossa casa comum estão intimamente ligados".


Francisco concluiu deixando aos peregrinos filipinos uma premente exortação: "Ao olhar para o futuro, encorajo-vos a caminhar juntos em solidariedade fraterna, ouvindo uns aos outros e, acima de tudo, ouvindo o Espírito Santo, que guia a Igreja no discernimento de percursos novos e criativos para a proclamação do Evangelho".

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