segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Não há sinais de alta para a soja

 

                                                           Nadia Borges


"Na semana passada, as cotações tinham atingido a linha de suporte dos dois canais de tendência"

Por:  -Leonardo Gottems


De acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica, não existem sinais de que o preço da soja vá aumentar. “Desde o plantio da safra atual que estamos recomendando a fixação dos preços nos níveis ao redor de $ 14000- 14200, que ocorreram diversas vezes, que é a recomendação adequada em mercados que andam lateralmente e, principalmente, quando apresentam lucro significativo, como era o caso. O preço, então estava ao redor de R$ 155/saca, para um custo de produção total de R$ 114,87, lucro de 34,93%”, comenta.



“E, se o produtor tivesse colhido e aplicado o dinheiro no banco ou na compra de insumos, este lucro seria ainda maior. Hoje os preços caíram para R$ 130/saca e o lucro para 13,17%. Mas, a se acreditar nesse comentário, tanto o preço como o lucro podem cair mais, porque não há sinais significativos de alta no horizonte”, completa.


Nesse contexto, o avanço da colheita nos Estados Unidos e a previsão de uma safra recorde no Brasil impediram uma alta mais acentuada das cotações. Além disso, analistas ouvidos pela S&P Global Commodity Insights disseram que a China deverá reduzir suas compras no quarto trimestre de 2023 e aguardar a chegada da soja brasileira ao mercado, no começo do ano que vem


“Na semana passada, as cotações tinham atingido a linha de suporte dos dois canais de tendência, o principal e o secundário e, nessa semana, rompeu ambos com força e está se dirigindo a novos patamares de queda. Com o Brasil e EUA disputando exportações no segundo semestre (algo inédito) e com a China relativamente fora do mercado, há poucas chances de alta a curto, médio e longo prazos, a menos que ocorra algo inesperado”, conclui.

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