quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Corinthians não recebe sinalização de Tite e mira Mano Menezes

 


Mano Menezes é a bola da vez no Corinthians. O técnico de 61 anos de idade foi definido como alvo principal e vai ser procurado pela diretoria alvinegra nesta quinta-feira para negociar a possibilidade de assumir imediatamente. O Timão, inclusive, vislumbra a ideia de Mano comandar a equipe já no clássico com o São Paulo, agendado para às 18h30 (de Brasília) deste sábado, no Estádio do Morumbi.


Tempo de contrato, condições financeiras e outras variantes ainda não foram tratadas, até por isso um encontro é visto como fundamental para a agilidade da negociação. O que há nesta noite de terça é a intenção do Corinthians em tratar com Mano Menezes. O clube está disposto a firmar um contrato com vencimento mínimo para o fim da temporada de 2024.


Mano Menezes foi demitido do Internacional em julho, depois de recusar uma proposta para assumir o Corinthians em abril. Como estava empregado naquela ocasião, o técnico preferiu não trocar de clube. O cenário, agora, é diferente.


A princípio, Mano não pretendia assumir nenhum clube antes da virada do ano, mas a possibilidade de ter um contrato longo, antecipar o planejamento de um trabalho e ainda a chance de lutar pelo título da Copa Sul-Americana são os motivos que podem fazer o técnico reavaliar seu plano de carreira.


Caso Mano recuse o convite, o Corinthians partiria para uma nova alternativa. Dentro da diretoria, um nome que agrada é o de Luis Castro, português que deixou o Botafogo em julho para assumir o Al Nassr. Entretanto, o foco é mesmo fechar o mais rápido possível com Mano e há certo otimismo neste sentido.




Dentro do grupo de situação, Mano Menezes já era tido como nome preferido para assumir o comando técnico a partir de 2024. Os oposicionistas tinham a intenção de trabalhar com outro nome, este não revelado.


Mano Menezes comandou o Corinthians entre 2008 e 2010 e, depois, em 2014. Ao todo, foram 248 jogos à frente do Timão, clube que ele ajudou a retornar à elite do futebol brasileiro e também nas conquistas do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil, ambos em 2009. Em 2010, o Corinthians era um dos favoritos ao título do Brasileirão, quando Mano deixou o clube para assumir a Seleção Brasileira. Na última passagem, o técnico foi responsável por uma grande reformulação no elenco e garantiu, naquele ano, uma vaga à Libertadores de 2015, quando Tite assumiu o comando.


E o Tite?

Assim como em outras quatro oportunidades, Duilio Monteiro Alves não deixou de buscar informações sobre Tite.


Gilmar Veloz, empresário de Tite e amigo pessoal de Duilio, assistiu ao derradeiro jogo de Vanderlei Luxemburgo, contra o Fortaleza, na última terça, dentro do camarote do presidente na Neo Química Arena.


Durante a visita de Veloz, que não fora programada com qualquer intenção de negociação, Duilio voltou a questionar o empresário sobre a situação de Tite com o objetivo de se atualizar, já que o técnico recusou o próprio Corinthians recentemente, mas passou a ter o nome especulado no Flamengo.


A resposta dada a Duilio foi a de que Tite realmente segue decidido a não assumir nenhum clube em 2023, no Brasil, e que o ex-técnico da Seleção Brasileira não estava negociando com o Flamengo.


Em nenhum momento, nem mesmo nesta quarta-feira, após a demissão de Luxemburgo, Duilio foi informado sobre uma mudança de planos por parte de Tite.



Diante disso e da urgência em procurar um substituto para Luxa, Duilio decidiu não ficar esperando por Tite. Caso o treinador realmente mude de ideia e inicie um trabalho no Rubro-Negro, o Corinthians entende que fez sua parte e que seria Tite quem deveria explicar as decisões de sua carreira.


Demissão de Luxa

A demissão de Vanderlei Luxemburgo nunca esteve condicionada a um nome pré-acertado com o clube. A atitude do Corinthians de encerrar o trabalho foi baseada na necessidade de buscar a classificação à final na Copa Sul-Americana. O resultado e o desempenho foram as gotas d'água para a diretoria alvinegra.


Internamente, houve consenso de que o trabalho não estava evoluindo e que, desta maneira, seria muito improvável conquistar a vaga em Fortaleza.


A conclusão foi de que não estava faltando empenho e dedicação dos jogadores. Havia ainda uma ausência de entendimento do que Luxemburgo queria em campo, muito por causa de decisões que foram tomadas pelo técnico sem um trabalho específico no CT Joaquim Grava.


Sem bons resultados, com o desempenho cada vez pior e questionamentos sobre as atividades desenvolvidas no CT, a permanência de Vanderlei Luxemburgo no Corinthians se tornou insustentável.



Gazeta Esportiva

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