segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Matteo Messina Denaro, último chefe da máfia siciliana, morre aos 61 anos na Itália

 

                                            Foto: Carabinieri via Reuters 


Matteo Messina Denaro, o último chefe da máfia siciliana na Itália morreu aos 61 anos, nesta segunda-feira (25). Ele era responsável por comandar o grupo mafioso Cosa Nostra na região de Trapani, na Sicília.


Denaro estava com câncer de cólon quando foi preso em janeiro após passar 30 anos foragido. Segundo as agências, seu estado de saúde piorou nas últimas semanas e ele foi transferido para um hospital da prisão de segurança máxima no centro de Itália.


Na sexta-feira (22), o hospital informou que ele entrou em um "coma irreversível" e já não recebia alimentação. Denaro pediu para não ser reanimado, em caso de morte.


Quem é Messina Denaro, 'o último poderoso chefão' da máfia italiana

Espera-se que seu corpo seja devolvido à Sicília nos próximos dias para um funeral privado, disse um funcionário do governo para a agência de notícias Reuters.


Messina Denaro foi, durante muitos anos, uma figura de destaque da Cosa Nostra, o sindicato do crime siciliano que inspirou os filmes "O Poderoso Chefão".


Foi um dos mais cruéis, condenado 20 vezes à prisão perpétua, entre elas, por participação no assassinato do juiz antimáfia Giovanni Falcone, em 1992.


Denaro também foi condenado por participar de uma série de atentados em Roma, Florença e Milão, em 1993, que mataram dez pessoas, e por ter ajudado a organizar o sequestro de Giuseppe di Matteo, de 12 anos, para tentar dissuadir o pai do menino de prestar depoimento contra a máfia. O menino foi detido por dois anos e depois assassinado.



Messina Denaro desapareceu no verão de 1993 e passou a liderar a lista das pessoas mais procuradas da Itália.


Apelidado pela imprensa italiana de "o último poderoso chefão", Denaro não teria fornecido qualquer informação à polícia depois de ter sido detido em frente a uma clínica de saúde privada na capital siciliana, Palermo, em 16 de janeiro.


De acordo com registros médicos vazados para a imprensa italiana, ele foi submetido a uma cirurgia para câncer de cólon em 2020 e 2022 usando nome falso.



G1

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