Um novo levantamento realizado pela consultoria DATAGRO indicou que a comercialização da safra 2020/21 da soja brasileira avançou pouco em outubro, mas já atingiu 92,8% da produção esperada até o dia 5 de novembro. No entanto, os dados estão abaixo dos 98,7% do recorde de avanço da safra 2019/20 e também da média de 93,7% dos últimos 5 anos.
O incremento foi de apensas 2,0% ante o relatório anterior, abaixo dos 2,4% do padrão normal de avanço para a data. “O movimento limitado refletiu a confirmação de expectativa para recuos de preços quase que generalizados no mês, além do fato da safra estar fortemente vendida, dos preços agora bem abaixo das máximas do ano e da ausência de maior necessidade de venda por parte dos produtores”, ressalta o coordenador de Grãos da DATAGRO, Flávio Roberto de França Junior.
Se levarmos em consideração a previsão atual de produção da safra 2021, ela ficoum antida em 136,97 milhões de toneladas, sendo que os sojicultores brasileiros têm um total compromissado de 127,06 milhões de toneladas. “Em igual período do ano passado, esse volume de produção negociado estava maior em termos nominais, mas menor em termos absolutos, chegando a 126,53 mi de t”, completa a DATAGRO.
“De acordo com a DATAGRO, 28,2% da produção estimada da oleaginosa safra 2021/22 está comprometida comercialmente. Esse fluxo está aquém dos 32,3% da média dos últimos 5 anos e bem abaixo dos 53,4% do recorde anterior ocorrido em igual momento de 2020.
Segundo a projeção inicial da DATAGRO, que considera área maior em 4%, clima razoavelmente regular e produtividade dentro da normalidade, a safra brasileira do próximo ano tem potencial para atingir 142,77 mi de t. Sendo assim, teríamos 40,27 mi de t comercializadas antecipadamente, volume muito inferior aos 73,14 mi de t dessa mesma época em 2020”, conclui a consultoria.
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