Movimentações de 2021 devem ultrapassar a marca alcançada em 2019, período que antecedeu a pandemia

 

Embora os números apontem uma retomada significativa para a economia da Capital, contratações preocupam lojistas

Karine Alencar

Com mais de 72% da população vacinada com a segunda dose da vacina contra a Covid-19, e flexibilizações das normas de biosseguranças, o comércio varejista de Campo Grande deposita grandes expectativas para a data sazonal do dia 25 de dezembro, quando se comemora o natal. A margem de vendas está estimada em 200 milhões.  

Segundo o presidente da CDL (Câmara de dirigentes Lojistas), Adelaido Vila, as vendas de 2021 devem ultrapassar a marca alcançada em 2019, período que antecedeu a pandemia, quando o comércio atingiu 150 milhões em vendas nas lojas físicas.

"Nossas expectativas são as melhores possíveis com a chegada do décimo terceiro, além da folha salarial de novembro e dezembro. Tínhamos uma demanda reprimida porque as pessoas estavam comprando muito ‘online’, agora estão saindo das plataformas e vindo para a compra presencial", pontuou.

"As lojas estão com um estoque bom, até porque ficou muita coisa parada, a reserva está de mediana a alta, vamos ter uma capacidade de venda muito grande. Vamos ter uma renda bem maior de 2019 para cá", continuou.

Contratações  

Embora os números apontem uma retomada significativa para a economia da Capital, Adelaido conta ainda que o fechamento no quadro de funcionários para a data, preocupa a Câmara e também os empresários, que enfrentam uma grande deficiência quanto à mão-de-obra.  

"Algo que está nos preocupando muito são as contratações, temos mais de 1.200 vagas e escassez de funcionários, isso é muito delicado. Tem pessoas que passam por entrevidas e não voltam para realizar o trabalho. Normalmente começamos as contratações em outubro e deixamos tudo certo até novembro, mas até agora não conseguimos consolidar", destacou.

Ainda de acordo com Adelaido, dentre as remunerações da classe, o colaborador pode receber de R$ 1.400 a 15 mil reais. "Quem vende mais recebe mais devido às comissões, existem várias porcentagens conforme a empresa, além de alguns benefícios como lanche e auxílio-alimentação", detalha.

Filhos serão os mais presenteados na data

Conforme uma pesquisa da CDL Brasil, (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), os públicos com mais possibilidades de receber presentes são os filhos com 62%, mãe 45% e o cônjuge 42%.  

Os dados revelam também que este ano os consumidores pretendem comprar presentes para si mesmo no Natal. Em média, os consumidores pretendem comprar 4,5 presentes para algum familiar ou amigo no Natal e o ticket médio de cada presente será de R$ 122,78. Vale destacar ainda que a metade daqueles que vão comprar presentes, deseja gastar até R$ 150,00 por presente (49%).

O relatório mostra que 61% das pessoas pretendem comprar roupas, 37% brinquedos, 36% perfumes/cosméticos, 36% calçados e 24% acessórios.

Com informação do Portal Correio do Estado