quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Família de colono executado na fronteira pagou resgate de R$ 1,6 milhão

 


O colono menonita Helmut Ediger Friesen, 74 anos, e dois de seus funcionários foram mortos por sequestradores mesmo com pagamento de resgate. Os três foram executados a tiros e golpes de faca nesta segunda-feira, dia 22 de novembro, na área rural de San Estanislao, no Paraguai, a 130 quilômetros em linha reta do município de Paranhos, em Mato Grosso do Sul.


Especula-se que a família do cidadão de origem alemã tenha pago em guaranis (a moeda oficial do Paraguai) o equivalente a 1,6 milhão de reais. Policiais e promotores paraguaios que atuam no caso afirmam que os familiares foram enganados pelos sequestradores.


O diretor de investigações da Polícia Nacional, comissário César Silguero, disse que o sequestro de Helmul e de três empregados (um deles conseguiu escapar dos sequestradores) ocorreu por volta das 11 horas de ontem. Quatro horas depois, os familiares pagaram o resgate, mas as vítimas não foram libertas.


“Isso é o mais terrível desses bandidos. Levaram o dinheiro e mataram as vítimas. Estamos enviando a elite dos investigadores de Asunción [a capital paraguaia] para prender os responsáveis”, disse o comissário, em entrevista hoje à rádio ABC Cardinal.


Segundo o policial, dois sequestradores estão identificados. A polícia paraguaia não revelou se eles fazem parte de algum grupo guerrilheiro atuante naquela região. Além do EPP (Exército do Povo Paraguaio), ACA (Associação Campesina Armada) e outros grupos menores atuam na região, promovendo assaltos, sequestros e assassinatos.


Colono


Os corpos de Helmut e de dois dos três empregados levados com ele, foram encontrados na propriedade do colono. Os outros dois mortos foram identificados como Rolando Dias Gonzales e o brasileiro Odair dos Santos.



Eder Cordeiro Machado, 18 anos, conseguiu escapar dos sequestradores. Foi ele que apontou onde estavam os corpos e deu informações à polícia sobre o sequestro.


Em julho deste ano, Helmut já tinha sido feito de refém por criminosos encapuzados e fortemente armados, que invadiram a propriedade. Na ocasião, ele foi amarrado com fita adesiva e deixado à beira da estrada. O grupo fugiu levando dinheiro e um caminhão, encontrado incinerado horas depois. 


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