terça-feira, 23 de novembro de 2021

Consórcio condiciona reajuste retroativo de motoristas a aumento no passe em Campo Grande

 


Acordo estabeleceu aumento de 11,08% no salário da categoria, mas novo valor só será pago após alta na passagem

Jornal Midiamax

Acordo entre cerca de 700 motoristas do transporte coletivo de Campo Grande e o Consórcio Guaicurus definiu reajuste de 11,08% no salário-base dos profissionais, porém, o pagamento retroativo desse aumento está condicionado ao reajuste da tarifa de ônibus.


Conforme o STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande), a data-base do reajuste é 18 de novembro, mas os trabalhadores só irão receber o pagamento retroativo do aumento salarial a partir da aplicação da nova tarifa de transporte público, que deve ser aplicada a partir do fim de dezembro, quando o novo valor for publicado oficialmente pela prefeitura.


A assembleia dos trabalhadores para aprovar o acordo proposto pelo Consórcio Guaicurus foi realizada na noite de segunda-feira (22). O vale-alimentação também será reajustado, no percentual de 20%.


Entre as propostas oferecidas pelo Consórcio e que foram aceitas pelos funcionários está o parcelamento em 3 vezes do 13º salário e o parcelamento em 4 vezes da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados). O acordo foi aprovado por unanimidade por cerca de 70 representantes da categoria presentes na assembleia.


Reajuste da tarifa de ônibus

Um dos critérios avaliados para definir a nova tarifa do transporte público é o custo com mão de obra, ou seja, o salário dos funcionários das empresas. Com o reajuste definido, a Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande) poderá finalizar os cálculos do percentual a ser aplicado.


Conforme o prefeito Marquinhos Trad (PSD), o reajuste anual da tarifa está previsto no contrato com o Consórcio Guaicurus e se baseia em quatro fatores: a inflação, o óleo diesel, o salário dos motoristas e a variação na quantidade de passageiros que utilizam o transporte coletivo.


“Quem avalia esses componentes são os técnicos, são os peritos que analisam e me mandam um número. Aí eu tenho duas alternativas: eu acompanho aquele número ou não acompanho. Se eu não acompanhar, eles [Consórcio Guaicurus] entram na Justiça porque é algo previsto no contrato”, disse o prefeito.


O reajuste da tarifa acontece anualmente e as tratativas são feitas entre a Agereg e o Consórcio Guaicurus. O anúncio da definição deverá ser publicado em Diário Oficial em dezembro.


O último reajuste ocorreu em 28 de dezembro de 2020, quando a tarifa passou de R$ 4,10 para R$ 4,20.

Nenhum comentário: