sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Aviões agrícolas são os que mais sofrem acidentes

 



No ano passado foram mais de 131 casos em um milhão de decolagens
Por:  -Eliza Maliszewski


Nos últimos dez anos, ocorreram 110 acidentes com aeronaves agrícolas em território brasileiro. Desse total, mais de 60% resultaram de colisões em voo com obstáculos e perdas de controle em voo.


Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a aviação agrícola está no topo dos acidentes aéreos. A taxa de acidentes no Brasil em 2020, por milhão de decolagens no setor foi de 131,46 acidentes, ou seja, mais de 131 casos em um milhão de decolagens. 



“Se o modelo foi certificado pela autoridade aeronáutica, ele cumpre os requisitos mínimos de segurança. Um avião que tem as manutenções em dia, com pilotos corretamente qualificados e que opere em locais com boa infraestrutura, possui um nível de risco ínfimo e dificilmente sofrerá um acidente”, destaca o piloto e gerente técnico da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Raul Marinho.


Em segundo lugar aparecem as aeronaves de instrução, com taxa de 94,21 acidentes por milhão. Em terceiro estão os aviões particulares, com 84,88 acidentes por milhão de decolagens. Por fim estão os taxis-aéreos, como o usado pela cantora Marília Mendonça, com taxa de 19,95 acidentes, aparecendo como o segundo mais seguro, perdendo apenas para as aeronaves de grande porte da aviação comercial, que somam apenas 1,27 acidente por milhão de decolagens.


A ANAC estima que no Brasil, existem 21.767 aeronaves pequenas e apenas 642 aviões grandes. Especialistas dizem que esses números não querem dizer que os aviões pequenos sejam mais perigosos. Segundo eles, trata-se dos padrões de operação e exigência em cada categoria de aviação. Também há erros humanos. No caso da aviação de grande porte há mais rigor nos procedimentos e certificações, com estrutura melhor de aeroportos e orientação nos pousos e decolagens.

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