Foto:divulgação
Rodrigo Almeida
Governo do Estado proíbe a proibição de queimadas controladas até o dia 15 de novembro. A decisão saiu no diário Oficial de Mato Grosso do Sul (DOEMS) nesta segunda-feira (5). Em julho, o governo de MS já havia proibido a queima controlada e agora estende o prazo por mais 40 dias.
Mecanismo usado para fazer limpeza da pastagem de forma lícita foi usada apenas três vezes este ano, conforme revelou o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck.
Com a crise hídrica que assola o estado a medida é uma forma de prevenção ao alastramento das queimadas. Deflagrada em setembro, uma operação Matáá [fogo no idioma Guató] investiga incêndios criminosos na região do Pantanal.
Imagens de satélite indicam que boa parte das queimadas sem controle que assolam a região são originadas dentro de propriedades privadas, e, devido à forte estiagem, saem de controle e acabam se alastrando.
O bioma passa pela pior situação dos últimos 50 anos. Segundo especialistas, a seca este ano chegou mais cedo, e isso intensificou a temporada. Dados de satélites indicam cerca de 20% da área total do Pantanal foi devastada pelo fogo.
Desde fevereiro falta chuvas. O meteorologista Nathálio Abrahão credita este problema ao fenômeno La Niña, que causa grande transtorno para MS. “Setembro era para ter entre 70 e 80 mm de chuva, mas caiu só 7,6mm, a chuva tá entre 20 e 30 dias atrasada”, afirma.
E a previsão é de que a água só volte a cair no estado a partir do dia 14. Até lá, segundo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), alertas de baixa umidade e onda de calor, quando a temperatura passa de 5ºC da média história , darão o tom no dia a dia do sul-mato-grossense.
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