O Programa Mundial de Alimentos (PMA), uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) conquistou nesta sexta-feira (09.10) o Prêmio Nobel da Paz. De acordo com o anúncio oficial, a iniciativa levou uma das maiores distinções mundiais “por seus esforços para combater a fome e melhorar as condições para a paz em áreas atingidas por conflitos”.
Com sede em Roma, o PMA fornece alimentação para aproximadamente 97 milhões de pessoas em cerca de 88 países. “A necessidade de solidariedade internacional e cooperação multilateral é mais notável do que nunca”, disse a presidente do Comitê Norueguês do Nobel, Berit Reiss-Andersen, em entrevista coletiva.
A entidade vai faturar um prêmio de 10 milhões de coroas suecas (o equivalente a cerca de US$ 1,1 milhão), a ser entregue em Oslo (Suécia) no próximo dia 10 de dezembro. Para vencer o Prêmio Nobel da Paz, o PMA desbancou ninguém menos que a Organização Mundial da Saúde (OMS) - considerada favorita nas bolsas de apostas pelo trabalho no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus -, bem como a ativista ambiental sueca Greta Thunberg e o Cacique Raoni, entre outros cotados.
Ainda de acordo com o Comitê Norueguês do Nobel, o trabalho da agência da ONU mereceu destaque por seus incansáveis esforços “para impedir o uso da fome como arma de guerras e conflitos”. O júri do Prêmio Nobel salientou que “a erradicação da fome é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e que no ano passado, havia 135 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar aguda – o número mais alto em muitos anos”.
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