ANSA
O chefe da Polícia de Paris, Didier Lallement, confirmou em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (5) que os bares da capital francesa serão fechados a partir dessa terça-feira (6) para tentar conter o avanço do novo coronavírus. Além dos estabelecimentos, os restaurantes precisarão seguir um novo protocolo, mais restrito, para continuarem funcionando.
As novas regras valerão por 15 dias e ainda incluem o veto de consumo de bebidas alcoólicas nas ruas.
Paris também determinou o fechamento de estádios e piscinas públicas para o público em geral, podendo receber apenas menores de idade, e a proibição de eventos com mais de mil pessoas. Os protestos estão liberados, desde que obedeçam as regras sanitárias vigentes, mas estão vetadas as manifestações estudantis noturnas. Também estão proibidas aglomerações com mais de 10 pessoas nas ruas, como em filas de mercados ou restaurantes.
O governo da capital francesa está incentivando os moradores a só saírem de casa de maneira individual e reforçando o pedido para que trabalhem de maneira remota. Lallement falou que ao final dos 15 dias, será feita uma "verificação com a máxima transparência" sobre a evolução dos dados da pandemia e um novo anúncio será realizado.
"É uma nova etapa e precisamos estar à altura do desafio. A epidemia está andando muito rápida e precisamos frear para evitar que o nosso sistema de saúde não fique sobrecarregado", acrescentou o chefe da polícia.
O diretor-geral da Agência Sanitária da Ilha da França, Auélien Rousseau, informou que a cidade de Paris e as localidades próximas superaram os três limites fixados pelas autoridades sanitárias nacionais para a zona de alerta máximo - assim como havia ocorrido em Marselha e em Aix-en-Provence.
Segundo Rousseau, a taxa de incidência da Covid-19 em Paris chegou a 260 contágios a cada 100 mil habitantes, a taxa de casos entre pessoas acima de 65 anos chegou a 110 (limite era 100) e, sobretudo, "os departamentos de reanimação para os doentes da Covid chegou a 36% de ocupação", quando o máximo era 30%.
A França vem enfrentando um aumento exponencial dos casos do Sars-CoV-2 desde o início de agosto. Apesar do número de contágios chegar a ser entre duas e três vezes maior do que a média registrada no ápice da pandemia, entre março e maio, a quantidade de vítimas da doença é bastante menor.
Neste domingo (4), o país bateu seu próprio recorde de novos casos em 24 horas, com mais de 17 mil contaminações no período.
No ápice, o maior dia havia sido em 31 de março, com pouco mais de 7,5 mil novos casos. (ANSA).
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