domingo, 11 de outubro de 2020

MS chega aos 43 anos com crescimento da população, do agronegócio e biomas ameaçados

                                             Foto:Divulgação

Neste domingo (11), Mato Grosso do Sul chega a seus 43 anos, com o crescimento populacional atípico (acima da média), mais força ainda no segmento responsável por boa parte de sua riqueza, o agronegócio e, marcado por perdas incalculáveis com o incêndio de mais de 1 mi de hectares do Pantanal sul-mato-grossense.

A população sempre marcada pela diversidade cultural, teve um incremento em 2020, de 30 mil pessoas em relação a 2019, e figura em cerca de 2,809 milhões de habitantes. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que aponta que o índice de crescimento populacional foi acima da média nacional.

Dos 79 municípios sul-mato-grosssenses, 63 cresceram, ainda conforme o Instituto. Em 2020, as 10 cidades mais populosas passaram a concentrar 61,4% da população, sendo estas: Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Corumbá, Ponta Porã, Sidrolândia, Naviraí, Nova Andradina, Aquidauana e Maracaju.

Em “disparada” também, o agronegócio do Estado continua a figurar positivamente no cenário nacional. O IBGE destacou que MS obteve mais uma vez recorde de produção agrícola e o valor total das principais culturas alcançou R$ 19,2 bi, em 2019. No comparativo com o montante levantado no segmento pelo Estado, no ano de 2018, o aumento foi de 0,79%.

O milho, está entre as culturas que mais contribuiu para esse crescimento com novo recorde na série histórica, totalizando uma produção de 9,9 milhões de toneladas (2019) e crescimento de 34% frente à safra anterior. Já conhecida como “potência” também no meio, a soja alcançou uma colheita de 11,328 milhões de toneladas, com média de 55,7 sacas por hectare, na safra encerrada em abril deste ano. 

Ainda referente ao cultivo da soja, MS tem cidades que se destacam a nível nacional no cultivo, entre as 20 principais produtoras, sendo Maracaju e Sidrolândia.

Já Nova Alvorada do Sul e Rio Brilhante são destaques nacionais no cultivo da cana-de-açúcar. Neste segmento, MS contou com produção de 52.245.291 toneladas, com área plantada foi de 727.753 hectares e o valor da produção foi de R$ 4,3 bilhões (dados referentes a 2019 divulgados pelo IBGE).
Diferente das culturas já citadas que costumam se destacar no Estado, o feijão, a aveia e o algodão herbáceo também surpreenderam com bons resultados, sendo que este último inclusive, teve MS a sexta maior produção do país.

Em contrapartida, da riqueza do ‘agro’ riquezas naturais estão sendo destruídas no Estado “de matas e campos e do esplendor do Pantanal”. Dados do Governo do Estado, estimam que 1,165 milhões de hectares do Pantanal sul-mato-grossense foram queimados entre janeiro e setembro de 2020. Os outros 1,742 milhões de hectares queimados no período estão em Mato Grosso.  

Existe a suspeita de incêndios intencionais na área de preservação, o que vem sendo investigado, mas em curto prazo, os reflexos já podem ser sentidos. O decreto de estado de emergência vigente por conta desta situação, aponta um “conjunto de fatores ambientais negativos que resultam na propagação de incêndios florestais, no prejuízo à navegabilidade dos rios, culminando na emissão de altíssimos índices de fumaça que prejudicam ainda mais a saúde da população de toda a região, já em emergência de saúde em função da doença Covid-19”.

Não diferente da realidade do país, MS também sofre com a pandemia do coronavírus, citado no texto do decreto acima. Dados levantados pelo Governo até esta sexta-feira (09), apontaram que no Estado 74.092 pessoas já tinham contraído a doença em 2020, com o registro de 1.409 óbitos.
Outros problemas pontuais enfrentados pelo Estado são o tráfico de drogas, o contrabando, sempre impactados pela ação de criminosos principalmente nas áreas próximas a fronteira com o Paraguai e a 
Bolívia. 

São 357.145,534 km de área territorial, conforme o IBGE, na qual habita um povo acolhedor, rico em cultura e “uma gente audaz” tal qual cita a letra do hino.

Vale lembrar que a definição de desmembrar Mato Grosso e criar Mato Grosso do Sul ocorreu em abril de 1977 pelo terceiro presidente do regime militar, Ernesto Geisel, seis meses antes da assinatura da Lei Complementar nº 31, em 11 de outubro.
Efetivamente, a divisão aconteceu em janeiro de 1979 com a instalação do “novo Estado”.

Por: Gisele Almeida- Dourados News 

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