G1
João Teixeira de Faria, de 79 anos, conhecido como João de Deus, foi transferido para a unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Sírio Libanês, no Distrito Federal, na tarde deste sábado (24). Ele passou mal na sexta-feira, em Anápolis (GO), e, depois de ser atendido no hospital da cidade goiana, foi levado para Brasília. O quadro clínico dele é considerado de alto risco.
João de Deus foi condenado por abusar sexualmente de mulheres durante atendimentos espirituais. Ainda na sexta, ele passou por uma série de exames no Distrito Federal. Com o resultado das análises, a equipe médica do hospital decidiu transferi-lo para a UTI.
João de Deus chegou ao DF consciente, sentindo fadiga e dor na região do tórax. Os sintomas são provocados por causa de um problema circulatório. Na UTI, o paciente recebe medicação que apenas pode ser ministrada em hospitais. Apesar do quadro ser de alto risco, o estado dele é estável.
A reação desse medicamento precisa ser monitorada a todo instante, para que a dosagem possa ser ajustada. Por isso, há necessidade da internação em UTI. Desde o início da internação, João de Deus está consciente, conversa normalmente e não precisou ser entubado. Não há previsão para cirurgia ou alta médica.
Internação
João de Deus ficou preso entre dezembro de 2018 e março de 2020, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Porém, foi solto em março deste ano para cumprir a pena em regime domiciliar pelo alto risco de contágio da Covid-19 no presídio.
Não há registro de autorização judicial no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) que permita a saída de João de Deus do perímetro ao qual está preso. Entretanto, de acordo com o órgão, a comunicação pode ser feita posteriormente em casos de saúde. O que será feito, conforme a defesa informou a defesa dele.
Sentenças
João de Deus foi condenado a mais de 60 anos de prisão por posse ilegal de arma de fogo e crimes sexuais cometidos contra mulheres, enquanto fazia atendimentos na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia.
Até janeiro deste ano, foram três condenações por crimes sexuais cometidos contra nove mulheres:
1ª - por posse ilegal de arma de fogo, pena de 4 anos em regime semiaberto, novembro de 2019;
2ª - por crimes sexuais cometidos contra quatro mulheres, condenado a 19 anos em regime fechado, em dezembro de 2019;
3ª - por crimes sexuais cometidos contra cinco mulheres, sentenciado a 40 anos em regime fechado, janeiro de 2020.
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