sexta-feira, 23 de outubro de 2020

IBGE aponta que MS tem 129 mil pessoas desempregadas

 


Com base nos indicadores de trabalho, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou levantamento da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio) durante a pandemia do coronavírus nesta sexta-feira (23). Em setembro, Mato Grosso do Sul contava com 129 mil pessoas desocupadas. 


Como os dados registrados no início da pandemia (maio) apontavam para 127 mil pessoas nesta condição no Estado, sendo que foram 134 mil em agosto e houve uma queda nos números em setembro, com 129 mil, este cenário é considerado como “estável” pelo instituto. 


Em setembro de 2020, foram estimadas 2,74 milhões de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul, das quais 2,16 milhões de 14 anos ou mais de idade, que correspondem à população em idade de trabalhar. 


Ainda segundo os dados da PNAD Covid-19, a população ocupada totalizava 1,18 milhões de pessoas no início da pesquisa, em maio, 1,20 milhões de pessoas no mês de agosto e 1,22 milhões em setembro (ou seja, aumento de 1,6% em relação a agosto e de 3,38% em relação a maio). 


O IBGE revelou que MS possui a a 3ª menor taxa do país, sendo Santa Catarina a menor (7,8%) e a Bahia a maior (19,6%).


O nível da ocupação, isto é, o percentual de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade de trabalhar, passou de 55,1% em maio, para 55,7% em agosto e 56,5% em setembro, configurando tendência crescente, com seu valor mínimo em junho (54,7%). Entre as Unidades da federação, MS tem o 3ª maior nível de ocupação, atrás somente de Santa Catarina (57,6%) e Mato Grosso (56,7%). 


No Brasil, o nível de ocupação passou de 49,7% em maio, para 48,2% em agosto e 48,6% em setembro, apresentando uma trajetória em “U”, com seu valor mínimo em julho (47,9%).


Já a população desocupada, que era de 10,1 milhões no começo da pesquisa, passou para 12,9 milhões em agosto e, agora, 13,5 milhões de pessoas (aumento de 4,3% no mês e de 33,1% desde o início da pesquisa). Com isso, a taxa de desocupação aumentou em 0,4 pontos percentuais de agosto para setembro, passando de 13,6% para 14,0% e atingindo o maior nível da série histórica da PNAD Covid19 mensal. A taxa em setembro foi maior que em agosto nas Regiões Norte, Nordeste e Sudeste, e caiu nas Regiões Sul e Centro-Oeste. Os valores das taxas de desocupação, em ordem decrescente, em setembro, foram: Nordeste (16,9%), Norte (14,8%), Sudeste (14,2%), Centro-Oeste (12,1%), e Sul (9,8%).


A taxa de desocupação entre as mulheres foi de 16,9%, maior que a dos homens (11,8%), a diferença também foi verificada em todas as Grandes Regiões. Por cor ou raça, no Brasil e em todas as Grandes Regiões, a taxa era maior entre as pessoas de cor preta ou parda (16,1% - aumentou 0,7 p.p em relação a agosto) do que para brancos (11,5% - manteve-se estável). Por grupos de idade, os mais jovens apresentaram taxas de desocupação maiores (23,6% para aqueles de 14 a 29 anos de idade) e, por nível de escolaridade, aqueles com nível superior completo ou pós-graduação tiveram as menores taxas (6,6%).


MS permanece com o menor percentual de pessoas afastadas do trabalho devido ao distanciamento social 


Em setembro, dos 1,22 milhão de ocupados, 69 mil estavam afastados do trabalho que tinham na semana de referência1, das quais 26 mil estavam afastados devido ao distanciamento social, representando queda de 73% em relação a agosto. Estes indicadores vêm apresentando quedas sucessivas desde o início da pandemia, à medida em que as restrições de isolamento vão sendo abrandadas pelo Brasil. A redução dos afastamentos do trabalho devido à pandemia também pôde ser verificada através da redução da proporção de pessoas afastadas por este motivo no total de pessoas ocupadas, que de agosto para setembro, passou de 2,5% para 2,1%. Em maio, este percentual era de 8,2%. O percentual é, novamente, o menor do país.

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