O Bradesco fechou nesta quarta-feira acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para encerrar investigação sobre supostas práticas anticompetitivas contra o aplicativo de finanças pessoais GuiaBolso.
Pelo acordo, o banco vai pagar cerca de 23,8 milhões de reais e parar de dificultar acesso a dados pedidos por clientes para uso pelo GuiaBolso, cujos serviços concorrem com parte dos oferecidos por bancos.
Segundo o presidente do Cade, Alexandre Barreto, o acordo “gerará efeitos potencialmente benéficos e pró-competitivos no mercado de serviços financeiros” com “incremento da concorrências”, afirmou em despacho.
A investigação começou em julho de 2018, após uma secretaria (Seprac) do Ministério da Fazenda, hoje Ministério da Economia detectar que clientes do GuiaBolso tinham facilitado acesso a dados de suas contas em bancos, ao incluir suas senhas no aplicativo, enquanto no Bradesco exigia uma senha aleatória adicional para o acesso.
Segundo o presidente e fundador do GuiaBolso, Thiago Alvarez, essa dificuldade praticamente inviabiliza o uso do aplicativo por correntistas do Bradesco, público que o executivo estima em cerca de 1,5 milhão de pessoas. A base de clientes da fintech hoje é de 6 milhões de clientes.
Consultado, o Bradesco afirmou em nota que o acordo firmado com o Cade endereça preocupações com a segurança das informações de seus clientes, incluindo o consentimento para portabilidade dos dados e que isso “não representa nenhuma assunção de culpa em relação aos temas discutidos”. As ações do banco fecharam em queda de 1,1, enquanto o Ibovespa encerrou com alta de 0,16%.
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