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segunda-feira, 18 de maio de 2020
A imunização e a Covid-19
Foto: Divulgação
O médico Edward Jenner desenvolveu a primeira vacina contra varíola no século XVIII. De lá para os dias atuais, a imunização promoveu uma verdadeira revolução na história da saúde da humanidade. Doenças como a própria varíola, responsável por um rastro de meio bilhão de mortes no século passado foram varridas do mapa, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A poliomielite, devastadora por seus impactos pessoais, sociais e econômicos, foi erradicada no Brasil em 1994 e está em vias de desaparecer do mundo.
A OMS estima que cerca de 2 a 3 milhões de mortes no mundo são evitadas anualmente como resultado da vacinação. Estima-se ainda, que aproximadamente 116 milhões de crianças ao redor do planeta recebem as vacinas básicas e, junto com elas, proteção contra grande número de doenças infectocontagiosas, muitas delas fatais.
Entretanto, a importância da vacinação vai muito além da prevenção individual. Ao se vacinar, o indivíduo está ajudando toda a comunidade a diminuir os casos de contágio de determinada doença, porque à medida que a população é vacinada, o número de doentes cai até que nenhum caso da doença seja registrado, pois todos estão protegidos.
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI) criado na década de 70, atualmente, disponibiliza em seu calendário 19 tipos de vacinas para mais de 20 doenças, entre elas, sarampo, caxumba, rubéola, tétano, tuberculose, febre amarela, difteria, coqueluche, poliomielite, influenza e HPV. E a abrangência do PNI engloba o atendimento a crianças, adolescentes, gestantes, trabalhadores, pessoas com mais de 60 anos, população indígena etc. O sucesso deste programa foi tamanho que tornou o País uma referência internacional em imunização.
No atual cenário, que o mundo enfrenta por conta da pandemia da Covid-19, somada a importância que o Brasil confere à imunização, levou o Ministério da Saúde a antecipar a campanha de vacinação contra a gripe desse ano. Os objetivos foram: reduzir a quantidade de pessoas com gripe e, consequentemente, diminuir a circulação nos hospitais, pronto-atendimento etc., e facilitar o diagnóstico correto, pois os pacientes que chegarem às unidades de saúde com sintomas gripais e informarem que foram vacinados, poderão ser descartados na triagem da Covid-19.
Portanto, ainda que não haja um medicamento para o tratamento do novo coronavírus, tampouco uma vacina, é preciso ressaltar que a indústria farmacêutica está empenhada em curar essa doença. De acordo com o Clinical Trials, site do governo federal dos Estados Unidos que reúne todos os ensaios clínicos realizados no mundo, atualmente estão sendo conduzidos mais de 50 estudos para descobrir a vacina para a Covid-19.
É por toda a relevância que a vacinação tem proporcionado à humanidade que a OMS criou, em 2012, a Semana Mundial de Imunização, celebrada entre os dias 24 e 30 abril. O tema da campanha para 2020 é #VaccinesWork for All, que na tradução livre significa #VacinaçãoFunciona para Todos. O objetivo é mostrar como as vacinas, e os responsáveis pelo desenvolvimento, distribuição e dispensação – são os heróis que contribuem na proteção da saúde de todos, em todos os lugares.
Quer se aprofundar mais no tema? Confira a publicação da INTERFARMA: : Como as vacinas mudaram um País. Também na versão em inglês.
Fonte: Interfarma
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