Foto:Divulgação
Decisão da Comissão de Ética da Presidência da República, desta terça-feira (26), determinou que o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta cumpra seis meses de quarentena remunerada antes de retomar qualquer trabalho. O fato deixou o ex representante da pasta irritado, conforme divulgado pela Revista Veja.
“Estou abismado, perplexo. Não consigo entender o motivo de impor quarentena a um ex-ministro da Saúde no meio de uma epidemia como a que estamos enfrentando”, afirmou Mandetta ao veículo de comunicação.
Com a decisão, o ex-ministro continuará a receber cerca de R$ 31 mil, correspondente ao salário de ministro e, ficará impedido de exercer qualquer função de trabalho pelo período determinado (seis meses).
Ele disse à Veja que ficou contrariado com medida, já que recebeu convites de trabalho diversos, sendo que entre estas foi procurado para elaborar planos de biossegurança para redes hoteleiras, clubes de futebol e empresas de cruzeiro marítimo e aeroportos.
“Eu até entenderia se houvesse algum conflito de interesse entre um novo trabalho e o Ministério da Saúde, mas meu caso é diferente de um presidente de Banco Central, por exemplo, que detém informações privilegiadas que precisam ser resguardadas. Nesse momento de pandemia, as pessoas estão em busca de informações para que possam reabrir seus negócios com segurança e eu, modéstia à parte, estudei esse assunto intensamente durante 120 dias”, afirmou.
Mandetta ainda deverá ser informado oficialmente sobre a medida.
Após pouco mais de um ano no cargo de ministro da Saúde, Mandetta foi demitido pelo presidente da república, Jair Bolsonaro, em plena pandemia do coronavírus.
Enquanto Mandetta e técnicos do Ministério da Saúde defendiam o isolamento social como forma de prevenção a doença que já matou mais de 24 mil pessoas no país, o presidente era favorável a verticalização da medida, isolando apenas pessoas do grupo de risco, especialmente idosos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário