Foto: Foto: Pérola News/ Divulgação
Mais um vereador de Ladário, envolvido no esquema denominado Mensalinho, teve o mandato cassado. Nesta quarta-feira (3), Augusto de Campos, o Gugu (MDB), perdeu o cargo na Câmara Municipal, por oito votos.
Dois parlamentares, Xumi (PSB) e Zica (PSB) abstiveram da votação, além do presidente da Casa de Leis, Daniel Benzi (MDB). De acordo com o presidente, os dois vereadores que não votaram, pediram para não participar porque pertencem à coligação do Gugu, sendo Xumi suplente direto.
“Por este motivo preferiram se abster de votar. Além disso, a sessão não teve a participação da defesa do parlamentar cassado, mesmo sendo notificada. Iremos publicar o decreto de cassação e informar à Justiça Eleitoral sobre a decisão”, explicou Daniel Benzi ao Diário Corumbaense.
Segundo o advogado da Câmara Municipal, George Fuentes de Oliveira, a sessão seguiu todos os trâmites legais. “Tivemos uma sessão de julgamento normal, respeitando a ampla defesa contraditória do processo. Foram feitas intimações para que a defesa se fizesse presente ou solicitasse a videoconferência, mas não houve manifestação".
PRAZO
A defesa dos vereadores André Caffaro e Vagner Gonçalves, ambos do PPS impetrou mandado de segurança pedindo prazo para defesa e o pedido foi deferido pela Justiça. Eles ainda estão presos em Campo Grande.
O presidente da Casa de Leis, explicou que foi aberto prazo de defesa a mais para eles. “Vamos colher o depoimento deles antes de seguir com as sessões aqui na Câmara. O prazo já está dado e eles deverão ser julgados até a próxima semana”, concluiu.
MENSALINHO
A Câmara instalou três Comissões Processantes para apurar as acusações contra o ex-prefeito Carlos Ruso (PSDB) e os sete vereadores. Foram três meses de trabalho.
Com a cassação de Augusto de Campos (MDB), já são três os casos julgados. O ex-prefeito Ruso teve o mandato cassado na segunda-feira (1º) e na terça (2), foi a vez do ex-vereador Osvalmir Nunes da Silva (PSDB), o Baguá, de perder o mandato.
Eles foram presos com mais cinco vereadores e o ex-secretário de Educação Helder Botelho, em 26 de novembro do ano passado, no caso que ficou conhecido como Mensalinho.
A investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Ministério Público Estadual apontou que Ruso pagava valores mensais aos vereadores, variando entre R$ 1,5 mil e R$ 3,5 mil.
O esquema acontecia há mais de um ano. Indicação de cargos na Secretaria de Educação, pelos vereadores acusados, também fazia parte do "acordo" e quem cuidava da nomeação era o então secretário de Educação, Helder Botelho. Os parlamentares ainda teriam barrado uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que averiguava denúncias de irregularidades na Saúde.
Foram presos além dos já citados: Vagner Gonçalves (PPS), Agnaldo dos Santos Silva Junior (PTB), André Franco Caffaro (PPS), Paulo Rogério Feliciano Barbosa (PMN) e a pastora Lilia Maria Villalva de Moraes (MDB), que cumpre prisão domiciliar em Ladário.
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