Foto:Divulgação
Por: AGROLINK -Leonardo Gottems
Apesar de ser largamente utilizado pela agricultura comercial de escala, o atual sistema de defesa vegetal através da aplicação de pesticidas com pulverizadores autopropelidos está longe de ter consenso sobre sua eficácia e suas vantagens. O método convencional de manejo de insetos é o mais utilizado nos maiores produtores agrícolas mundiais, tais como Brasil, Argentina, México e Estados Unidos, bem como nos principais países da Europa, África e Ásia.?
Por um lado essa técnica consegue cobrir vastas áreas e aplicar uma grande quantidade de agroquímicos. “A ideia atual é de que, quanto maior for o equipamento, mais área ele consegue pulverizar. E existe toda uma grande indústria em volta dessas máquinas, que está envolvida desde a facilitação do o conceito a fabricação, indo até o financiamento e manutenção, que promove esse entendimento e torna o produtor dependente dos últimos lançamentos”, explica Leandro Mafra, diretor executivo e gerente de Marketing da ISCA Tecnologias.
Ele ressalta que a pulverização tradicional de pesticidas gasta uma imensa quantidade de água, sem falar do grande custo dos próprios insumos – que apresentam inflação acima da média a cada ano, independentemente das oscilações econômicas mundiais. O grande problema desse método é a necessidade da aplicação ter que “molhar” todas as plantas com a mistura preparada para que o defensivo tenha efeito, aponta.
DISRUPÇÃO
Em meio a tudo isso, uma silenciosa revolução vem ganhando força com o surgimento de diversas alternativas de controle de pragas que invertem toda a lógica da defesa vegetal atual. Só para citar alguns exemplos mais conhecidos, é cada vez mais comum aplicar a técnica de atração de insetos pela utilização de iscas, feromônios e armadilhas. A lógica consiste em, ao invés de ter que pulverizar toda a plantação com o defensivo, com essa nova plataforma de “semioquimicos, os produtos são aplicados em baixos volumes criando pontos que atraem e matam os insetos praga, promovendo uma solução de controle de pragas de baixo impacto e sem resíduos.
Um exemplo de uma das forcas maiores inovadoras na industria é a ISCA Tecnologias, que promove essas alternativas disruptivas ?e concentra seus esforços para tornar a agricultura mais sustentável – tanto no sentido ambiental como no sentido econômico de viabilidade do negócio. “Estamos propondo outro modelo, o de aplicar as soluções de controle de pragas usando atrativos de uma maneira estratégica que controle o inseto na lavoura”, revela Mafra, “com as nossas soluções semioquimicas, se consegue completo controle da praga sem ter que cobrir cada centímetro da lavoura com defensivo.
Ele cita como exemplo os uso de formulações que emitem feromônios sexuais de insetos por longo tempo. O odor dessas formulações quebra a sequência do acasalamento da praga, as femeas ficam sem acasalar, e colocam ovos inférteis no campo. Outro método é o de atração sexual dos insetos até pontos específicos onde entrarão em contato com uma dose fulminante de inseticida. Outra linha é o de produtos fagoestimulantes, como as série Acttra e Noctovi, que podem ser aplicadas com adição de inseticida pelo próprio agricultor, que induz a praga a “comer” a formulação com o veneno, aplicada em menos de 2% da lavoura.
DRONES E AVIÕES
A ISCA Tecnologias, porém, foi além e deu um passo adiante para anunciar um forte investimento em novas tecnologias de aplicação, destacadamente aplicações aéreas com drones e aviões, com os quais é possível vislumbrar uma “nova agricultura”. “Nossa meta é ter menos equipamentos no chão e mais no ar. Assim, já é possível controlar as pragas gastando menos, com mais eficiência e economizando um grande volume de água”, afirma Mafra.?
Os drones aéreos, explica ele, são indicados para áreas menores de 1000 há. Se consegue uma abrangência média de onze hectares por voo, dependendo da carga da bateria do drone e da formulação sendo pulverizada, sempre com voos baixos e aplicação extremamente precisa. De acordo com o diretor executivo e gerente de Marketing da ISCA, só é preciso passar uma linha dos produtos atrativos para cada hectare: “Um vôo de aviao, que cobrir 100 hectares com caldas de inseticida e agua, agora, com as nossas formulações, pode cobrir mais de mil hectares, fazendo que essas pulverizações aéreas sejam muito mais viáveis, e baratas que aplicaoes tradicionais, e isso é comprovado por números e estudos. O produtor que experimenta se dá conta de que é uma forma de aplicação muito mais vantajosa e eficiente”.
Segundo ele, esse tipo de controle já é uma realidade em muito pontos do estado do Mato Grosso e da Argentina. “As palavras-chave são precisão e rapidez. Isso muda o paradigma atual de aplicação—e inclusive de armazenagem de produtos. Hoje com os pesticidas convencionais é necessário se ter um galpão de armazenagem. Com nossos produtos, o produtor necessitar apenas uma sala, pois a quantidade de insumos a serem aplicados é muito menor. Ao invés de gastar com a compra de um trator e um pulverizador, ele terá de adquirir um drone que custa uma fração do preco. Não há termo de comparação. A logística é muito mais fácil e a aplicação extremamente mais rápida”, explica.
Já os aviões podem ser utilizados em áreas maiores, conseguindo tranquilamente fazer em um voo 4.000 hectares de maneira rápida. “A ISCA criou uma nova plataforma de produtos que atraem os insetos para as suas soluções. Não é mais necessário mais molhar todas as plantas com o spray, os insetos se deslocam em direção aos produtos, onde se contaminam com o defensivo. Não é mais necessário grande volume de solução/calda aquosa. Onde antes eram necessário 200 ou 300 litros de calda, agora é necessário menos de um litro. Vislumbramos um novo futuro na prática”, conclui Mafra.
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