segunda-feira, 22 de abril de 2019

Campo-grandense gasta quase R$ 35 reais para comer fora de casa



Os trabalhadores que comem diariamente fora de casa, em Mato Grosso do Sul, gastam em média R$ 34,70 com alimentação. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (22), pela Associação Brasileira das Empresas de Benefício ao Trabalhador (ABBT), que realiza a pesquisa anualmente.

Ainda segundo o levantamento, o preço está acima da média nacional, de R$ 34,84, visto que na região Centro-Oeste, o valor chegou a R$ 35,16. O estudo foi feito em 22 Estados e no Distrito Federal, num total de 51 municípios e coletou mais de 6 mil preços de pratos, no período de dezembro de 2018 a fevereiro de 2019.

Em Campo Grande, o aumento foi expressivo, 32,3% e tirando a cidade do patamar de uma das cidades mais baratas para almoçar fora de casa. Com o índice atualizado a capital do Estado agora é a segunda mais cara da região (perde apenas para Brasília) e ocupa agora a 24ª colocação no ranking nacional.

De acordo com a pesquisa, a variação de preço de um ano para outro foi diretamente impactada pela realidade econômica de cada município. “O país vem atravessando uma fase de econômica pouco aquecida, o emprego e a renda ainda não se fortaleceram e isso afeta diretamente o desempenho dos estabelecimentos. Mais do que qualquer outro segmento, restaurantes são sensíveis a qualquer oscilação”, pondera a diretora-executiva da ABBT,  Jessica Srour.

 METODOLOGIA

Para gerar o cruzamento de informações foi considerado o preço da refeição composta por: prato principal, bebida não alcoólica, sobremesa e café, na hora do almoço, em estabelecimentos que aceitam voucher refeição como forma de pagamento.

A pesquisa retrata os preços médios da refeição nas cinco regiões brasileiras. O Sudeste se mantém como a região mais cara para almoçar fora de casa. Apesar de o aumento do custo no preço dos alimentos ter sido o principal responsável pela inflação no ano passado, o reajuste do preço médio do almoço do trabalhador no País ficou em 2,1%, abaixo do índice de 3,75% apurado pelo IPCA/IBGE no mesmo período. Veja a tabela:

“Nossa percepção é a de que na maior parte do País, os estabelecimentos optaram por elevar menos ou até mesmo diminuir os preços do cardápio para reter seus clientes” pondera a representante da ABBT.

Apesar disso, de acordo com o estudo, o valor gasto com o almoço representa 1/3 da renda média do trabalhador. Isso equivale ao desembolso mensal em torno dos R$ 766,00, o que corresponde a 34% do salário médio do brasileiro, atualmente em R$ 2.285,00 no período de dezembro de 2018 a fevereiro de 2019 (segundo a pesquisa PNAD/IBGE).

*Com informações da Assessoria de Imprensa

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