quinta-feira, 6 de julho de 2017

Com voto de Pedro Chaves, conselho arquiva processo contra Aécio



Folha Press                       Foto:Agência Estado
Votação ficou 11 a 4 pela rejeição de recurso

O Conselho de Ética do Senado arquivou nesta quinta-feira (6) a representação contra Aécio Neves (PSDB-MG) por quebra de decoro parlamentar.

Por 11 votos a 4, o colegiado rejeitou um recurso protocolado no dia 27 de junho. Com isso, o caso foi arquivado em definitivo.

Votaram contra o recurso os senadores Airton Sandoval (PMDB-SP), Romero Jucá (PMDB-RR), Helio José (PMDB- DF), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Eduardo Amorim (PSDB-SE), Gladson Cameli (PP-AC), Acir Gurgacz (PDT-RO), Telmário Mota (PTB-RR), Pedro Chaves (PSC-MS) e Roberto Rocha (PSB-MA).

Apenas Lasier Martins (PSD-RS), José Pimentel (PT-CE), João Capiberibe (PSB-AP) e Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) defenderam que o processo tivesse continuidade.

Pedro Chaves, que é vice-presidente do Conselho de Ética, havia comentado na semana passada que tentaria desarquivar a representação, mas voltou atrás hoje. Ele não comentou em canais oficiais o motivo da mudança de posicionamento.

Conforme a Folha de S.Paulo publicou na quarta-feira (5), uma articulação entre o PSDB e o PMDB pretendia adiar a análise de um recurso que pode reabrir o processo contra o tucano. Contudo, os partidos decidiram que "não se pode deixar Aécio na chuva" e o caso deve ser encerrado nesta quinta.

A mudança de planos ocorreu depois do retorno de Aécio ao Senado na terça-feira (4). O tucano, que passou 46 dias longe das atividades políticas, teve a decisão de seu afastamento revista pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na última semana.

A representação de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) já havia sido arquivada no mês passado pelo presidente do colegiado, João Alberto Souza (PMDB-MA) por "ausência de provas".

Randolfe, com apoio de cinco senadores, recorreu da decisão por meio do recurso rejeitado nesta quinta.

A acusação contra o senador tucano tem como base a delação do grupo J&F e gravação feita pelo empresário Joesley Batista em que Aécio é flagrado pedindo R$ 2 milhões, além de comentar iniciativas para tentar frear a Lava Jato.

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