sábado, 22 de julho de 2017

Menino foi morto por asfixia ao reagir a estupro na Coophavila, diz polícia

                                         Foto:Delegado da DPCA-(Bruno Henrique

Polícia investiga se a vítima em questão é Kauan Andrade Soares dos Santos, desaparecido há um quase um mês

Portal Correio do Estado

Adolescente de 14 anos apreendido pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança ao Adolescente (DEPCA) confessou que participou, juntamente com um homem de 38 anos, do assassinato de um menino em Campo Grande. A vítima teria sido morta por asfixia ao reagir a estupro na Coophavila, tendo o corpo jogado no Córrego Anhanduí. A suspeita é de que a criança seja Kauan Andrade Soares dos Santos, de 9 anos, desaparecido desde o dia 25 de junho.

No início desta tarde, o delegado Paulo Sérgio Laureto, responsável pelas investigações, divulgou novos detalhes sobre o caso. Segundo ele, o homem que teria praticado a violência sexual e o homicídio de forma direta nega o crime, embora na casa dele tenha sido encontrado diversos materiais com conteúdo pornográfico envolvendo adultos e menores de idade. O nome dele foi preservado, por enquanto, para não comprometer o andamento do inquérito.

O adolescente assumiu que há cerca de um mês levou um menino, aparentemente de nove anos, para a casa do autor, à noite, na Coophavilla. No local, o homem teria iniciado o estupro, mas enfrentou resistência por parte da vítima que reagiu, se debatendo e chorando alto, até porque estava sangrando. Neste momento, o adolescente ajudou no delito segurando o garoto pelos braços, enquanto o homem tapava a boca dele com a mão.

A polícia acredita que ao tentar calar o menino, o homem acabou matando-o por asfixia. Percebendo que ele não reagia a estímulos, o autor e o adolescente colocaram o corpo em um saco e soltaram no córrego nas imediações da Avenida Thyrson de Almeida e Avenida Campestre. A polícia e o Corpo de Bombeiros fazem buscas pelo local, mas até o momento não encontraram o corpo, apenas um saco com o que parece ser cabelos humanos. Por isso, sem exame pericial, ainda não é possível afirmar que se trata de Kauan.

Evidências

Agentes da DEPCA foram à casa do principal investigado e encontraram diversas revistas e filmes pornográfico, bem como fotos de crianças e adultos em caráter sexual, bem como vestígios de sangue. Investigações apontam que o homem aliciava meninos para cuidar carros, em troca de dinheiro e de relações sexuais. O adolescente que o ajudou teria sido, inclusive, abusado em outras ocasiões e atualmente o auxiliava lhe apresentando vítimas recebendo de volta vantagens financeiras.

De acordo com o delegado Laureto, o homem deve ser indiciado por homicídio, ocultação de cadáver, exploração sexual e estupro de vulnerável. Ele será encaminhado da DEPCA para celas da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos (DERF). Já o adolescente será levado para a Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e à Juventude (Deaij) e, posteriormente, para a Unidade Educacional de Internação (Unei).

Coincidências

Apesar de não haver a confirmação, indícios apontam que a vítima em questão possa ser Kauan. O menino teria sido visto pela última vez à noite, cuidando de carros na Coophavilla. E ele morava no Pênfigo, que fica perto do Aero Rancho, onde supostamente moraria o garoto levado até à casa na Coophavilla. Além disso, as datas do crime que a dupla cometeu, há cerca de um mês, coincide com o período de desaparecimento de Kauan.

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