domingo, 18 de junho de 2017

Presidentes da Câmara e da OAB discutem sobre impeachment de Temer

Folhapress

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Claudio Lamachia, trocaram críticas neste sábado (17) pela demora de Maia na apreciação dos pedidos de impeachment do presidente Michel Temer.

Desde meados de maio, pelo menos 14 pedidos de impeachment aguardam análise da Câmara. O da OAB foi protocolado em 25 de maio.

Assim como no ano passado, quando a OAB pediu o impeachment de Dilma Rousseff, estão presentes, mais uma vez, os elementos que configuram crime de responsabilidade [de Temer]."
Para o presidente da OAB, o presidente Temer já confirmou a conversa com o empresário Joesley Batista, dono da J&F, em que foram narrados diversos ilícitos.

Nada ter feito após receber essas informações é crime de responsabilidade e, segundo a Constituição, deve ser punido com impeachment", disse Lamachia.

Ele criticou Rodrigo Maia pela demora. "A Câmara dos Deputados não pode continuar agindo com cinismo. O presidente da Câmara deve satisfação à população e, por isso, precisa pautar com urgência a análise dos pedidos [de impeachmen.".

Maia respondeu às críticas em mensagem enviada à reportagem. "Não me cabe comentar as resoluções do Conselho Federal da OAB. Não sou comentarista de agenda de advogados. Como também não creio que caiba ao presidente da OAB comentar ritos e procedimentos do processo legislativa”.

Lamachia rebateu afirmando que Maia não conhece a Constituição, algo fundamental para que exerça o cargo que ocupa.

"Uma das incumbências [do cargo] é apreciar o pedido de impeachment, algo que ele tem se recusado a fazer", disse o presidente da OAB. "Não é função do presidente da Câmara atuar como muralha de proteção a aliados políticos investigado”.

O presidente Temer é alvo de uma investigação e pode ser denunciado nos próximos dias pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por supostos crimes cometidos e relatados por Joesley Batista, que fechou acordo de delação premiada e leniência com Ministério Público Federal.

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