A Nova Zelândia deve revogar, nesta terça-feira, 27, uma lei pioneira no mundo que proíbe a venda de tabaco para futuras gerações, informou o governo.
Aprovadas em 2022 e previstas para entrar em vigor em julho, as regras anti-tabaco mais rigorosas do mundo teriam proibido as vendas para os nascidos após 1º de janeiro de 2009, reduzido o teor de nicotina nos produtos de tabaco e diminuído o número de varejistas de tabaco em mais de 90%.
No entanto, o governo eleito em outubro, a coalizão liderada pelo National Party, afirmou que a revogação ocorrerá na terça-feira como uma questão de urgência. A ministra adjunta da Saúde, Casey Costello, disse que o governo de coalizão está comprometido em reduzir o tabagismo, mas está adotando uma abordagem regulatória diferente para desencorajar o hábito e reduzir os danos que ele causa.
A revogação vai ajudar a financiar cortes de impostos prometidos pelo novo governo. Em novembro, quando a revogação foi anunciada, a ministra das Finanças, Nicola Willis, disse que a receita das vendas de cigarros vão financiar um novo plano tributário.
A decisão, fortemente criticada por seu impacto nos resultados de saúde na Nova Zelândia, também recebeu críticas por temores de que possa ter um impacto maior nas populações tradicionais maori e pasifika, grupos com taxas mais altas de tabagismo.
O primeiro-ministro Christopher Luxon disse que a reversão impediria que um mercado negro de tabaco surgisse. "Concentrar a distribuição de cigarros em uma loja em uma pequena cidade vai ser um grande ímã para crimes", disse Luxon à Radio New Zealand.
Luxon disse que seu governo continuaria a reduzir as taxas de tabagismo por meio de educação e outras políticas..
Modelagens recentes mostraram que as regulamentações economizariam US$ 1,3 bilhão em custos do sistema de saúde ao longo dos próximos 20 anos, se totalmente implementadas, e reduziriam as taxas de mortalidade em 22% para mulheres e 9% para homens.
Exame
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