Em 2022, empresas chinesas iniciaram 32 projetos no Brasil, um aumento de 14% em relação ao ano anterior. No entanto, os investimentos chineses no país diminuíram drasticamente em 78%, totalizando US$ 1,3 bilhão, o menor valor desde 2009, conforme apontado pela pesquisa "Investimentos Chineses no Brasil 2022: Tecnologia e Transição Energética" do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), com respaldo do Bradesco Corporate.
Globalmente, o Brasil caiu para a nona posição entre os destinos de investimentos chineses em 2022, uma queda de oito posições comparado ao ano anterior, quando ocupava o topo da lista. Na América Latina, o Brasil se posicionou em segundo lugar, ficando atrás da Argentina, que recebeu US$ 1,34 bilhão em investimentos chineses. O estudo do CEBC também identificou a entrada de oito novas empresas chinesas no Brasil no último ano, das quais 22 investidores, indicando um interesse crescente apesar da falta de atividades produtivas anteriores no país.
O estudo revela um renovado interesse na área de Tecnologia da Informação, com oito projetos confirmados, abrangendo quase 25% do total, e investimentos consideráveis no setor de eletricidade, totalizando US$ 588 milhões. Além disso, a pesquisa destaca investimentos pioneiros na indústria manufatureira, como no setor têxtil pela empresa chinesa SHEIN, e na produção de materiais médicos e odontológicos pela recém-chegada Angelalign.
O Sudeste manteve sua posição como principal destino dos investimentos chineses no Brasil em 2022, com 25 projetos, seguido pelo Centro-Oeste e Nordeste, ambos com 5 projetos, e o Sul, com 3 projetos (alguns envolvendo mais de um estado). Apesar de liderar, o Sudeste viu sua participação reduzir em 13 pontos percentuais em relação a 2021, enquanto o Nordeste, Centro-Oeste e Sul apresentaram crescimentos de 10, 3 e 1 ponto percentual, respectivamente, conforme indicado pelo estudo do CEBC.
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