Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado
A colheita do milho segunda safra 2022/2023 segue atrasada em relação aos anos anteriores. A porcentagem de área colhida chegou a 42% do total, atraso de 7,98 pontos porcentuais em relação à 2ª safra 2021/2022.
De acordo com informações do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga-MS), a área colhida alcançou 976.965 hectares. A região norte de Mato Grosso do Sul está com a colheita mais avançada, com média de 61,3%, enquanto a região central registra 43% e a região sul 38,2%.
De acordo com o boletim Casa Rural, da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), a retirada do cereal das lavouras segue a passos lentos. “A colheita no Estado está progredindo lentamente, produtores aguardam melhores preços para avançar com a operação”, detalha o documento.
A área destinada ao milho segunda safra 2022/2023 apresenta uma expectativa de crescimento de 5,4% em relação ao ciclo anterior (2021/2022), totalizando 2,325 milhões de hectares.
A produtividade estimada é de 80,33 sacas por hectare, o que está dentro do potencial produtivo das últimas cinco safras do Estado. Essa estimativa gera a expectativa de produção de 11,206 milhões de toneladas, representando uma retração de 12,28% em comparação ao ciclo anterior.
PROBLEMAS
Ainda de acordo com o boletim técnico, há alguns problemas sendo enfrentados pelos produtores do Estado. Um deles é o aumento da infestação do Sorghum halepense, também conhecida como capim-massambará ou vassourinha. A espécie está causando problemas na entrega de cargas.
“É crucial que o produtor não permita o desenvolvimento do capim-vassourinha em sua lavoura, pois a presença de sementes de espécies daninhas pode prejudicar a comercialização dos grãos, principalmente em contratos de exportação”, expõe o boletim Casa Rural.
Outro problema pontual enfrentado pelos produtores rurais da região sul do Estado são os recentes vendavais. As rajadas de vento e as chuvas causadas por um intenso sistema precipitante provocaram o acamamento de plantas de milho em ponto de colheita em Itaporã.
A equipe de campo da Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS) apura os danos, que atingiram uma área significativa no município. De acordo com a entidade, até o momento, foram identificados cerca de 3 mil hectares atingidos pelos ventos e pelas chuvas, abrangendo as localidades de Montese e Santa Terezinha.
Para o presidente da Aprosoja-MS, André Dobashi, o mais importante neste momento é encontrar saída para retirar o milho das áreas atingidas. “O tombamento de milho causa perdas, inevitavelmente.
O que pode ser feito em um cenário como esse é buscar alternativas para minimizar essas perdas, utilizando maquinários que consigam, de forma paliativa, recolher as plantas tombadas”, enfatiza.
A apuração final da área atingida e a estimativa econômica das perdas será divulgada esta semana.
Súzan Benites
Com informação do Portal Correio do Estado
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