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Confusão mental nem sempre está relacionada a algum problema neurológico. Entre os sintomas estão: não reconhecer as pessoas e ver coisas que não existem.
Confusão mental nem sempre está relacionada a algum problema de cabeça. A confusão pode ser sinal de que a pessoa está tendo uma infecção sem apresentar sintomas clássicos como febre e dor, ou até mesmo falta de açúcar.
O Bem Estar convidou dois especialistas para falar sobre o tema nesta terça-feira. O cardiologista e consultor Roberto Kalil lembrou que a confusão pode estar relacionada com um infarto. Isso porque a circulação fica prejudicada, levando à falta de oxigenação no cérebro.
Já o neurologista Eduardo Genaro Mutarelli explicou a relação do açúcar e confusão.
A glicose é o principal combustível do cérebro. Quando o nível de glicose no sangue cai, o cérebro fica sem energia e isso pode provocar a confusão mental. Quando isso acontece, a pessoa precisa comer açúcar imediatamente, principalmente se for diabética.
A confusão mental é mais comum em idosos. Isso porque eles têm menos reserva cerebral por causa do envelhecimento, ou seja, têm um cérebro mais atrofiado, com menos neurônios. Porém, o problema pode acontecer em qualquer idade, inclusive em crianças.
Entre as causas de confusão mental que não são relacionadas com problemas neurológicos estão: infecções, infarto do miocárdio, hipoglicemia e hiperglicemia, uso de corticoides, insuficiência hepática, insuficiência renal e auto imunidade. As confusões desaparecem logo que estes problemas são tratados.
Os idosos muitas vezes não têm os sintomas clássicos da infecção urinária e a família precisa ficar atenta. “Pessoas com mais idade podem não apresentar os sintomas. Com isso, muitas das vezes, ficam mais sonolentos, mais agitados. Isso é indício de infecção”, alerta o infectologista Jean Gorinchteyn.
Os sintomas da confusão são: não reconhecer as pessoas, imaginar que existem inimigos que querem ataca-lo, imaginar que alguém quer envenena-lo, ver coisas que não existem e ouvir vozes.
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