quinta-feira, 27 de abril de 2017

Direitos humanos devem proteger a mente da tecnologia, diz artigo

                                         Em 'Transcendance', Johnny Depp interpreta um cientista que passa a ter o cérebro controlado por um computador (Reprodução/VEJA)

Pesquisadores propõem quatro novos direitos humanos para evitar a que neurotecnologia permita invasão, roubo ou abuso de dados da atividade cerebral


Para proteger a mente humana de invasores e do abuso ou roubo de dados sobre atividade cerebral, uma dupla de cientistas propõe que quatro novos direitos humanos sejam criados.

Em um comentário publicado no periódico Life Sciences, Society and Policy nesta quarta-feira, os pesquisadores avaliaram as possíveis consequências do avanço da neurociência, como a interferência nos direitos à liberdade, à privacidade e à integridade.

Os especialistas sugerem que, no futuro, os direitos humanos que temos hoje podem não ser suficientes para proteger pensamentos e outras informações cerebrais de pessoas má intencionadas.

“Depois de analisar a relação entre a neurociência e os direitos humanos, nós identificamos quatro novos direitos que devem se tornar de grande relevância nas próximas décadas: o direito à liberdade cognitiva, à privacidade mental, à integridade mental e à continuidade psicológica”, escrevem os autores Marcello Ienca, professor de neuroética da Universidade de Basileia, na França, e Roberto Andorno, advogado especialista em direitos humanos da Universidade de Zurique, na Suíça, na publicação.

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