Família e peritos independentes contestam versão de óbito por uso de entorpecentes
Morto no último dia 26 de fevereiro, o menino João Victor Souza Carvalho, de 13 anos, teve o corpo exumado nesta segunda-feira, na unidade central do Instituto Médico-Legal (IML) de São Paulo. A morte ocorreu em frente a uma unidade da rede fast food Habib’s em Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte da capital paulista e foi alvo de protestos, após a suspeita de que seguranças da lanchonete poderiam ter agredido o garoto.
O procedimento de exumação, solicitado pela família, tem a finalidade de confrontar o laudo anterior apresentado pela Polícia Civil, que negava a possibilidade de agressões e apontava para o uso de entorpecentes seguido de infarto como causa da morte do garoto. Segundo o advogado Francisco Carlos da Silva, que representa os familiares de João Victor, foram refeitos todos os exames laboratoriais, incluindo novas análises de escoriações e substâncias.
O atestado emitido pelo médico legista Danilo Vendrame Vivas, alegava que foram encontradas no adolescente as substâncias tricloroetileno e clorofórmio, utilizados na produção de lança-perfume e supostamente responsáveis por uma cardiopatia que teria provocado o óbito. Em entrevista a VEJA, o perito chileno Eduardo Llanos, que atua de forma independente no caso, questionou a rapidez com que Vivas chegou a esta conclusão: “Estranhamos o laudo ter sido emitido com tamanha rapidez [concluído no dia 7 de março]. Também queremos entender por que o caixão estava lacrado, além de contestarmos apontamentos do laudo”, alegou.
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