O Papa Leão XIV se encontrou neste domingo com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que compareceu à missa inaugural do pontificado do americano Robert Prevost. O novo líder da Igreja Católica recebeu o presidente e sua esposa ,Olena Zelenska, em uma audiência privada.
— Obrigado por sua paciência em esperar. Tive que cumprimentar todas as delegações presentes na missa — disse o Papa ao presidente ucraniano, em um vídeo divulgado pelo Vaticano.
O presidente ucraniano, em uma mensagem postada no Telegram, disse que estava “grato pelas palavras especiais” do Pontífice. "Todo país merece viver em paz e segurança", escreveu Zelensky. Além disso, o ucraniano afirmou a conversa foi "muito afetuosa e verdadeiramente substantiva", e que ele havia convidado Leão XIV para visitar a Ucrânia.
Onze dias após ter sido escolhido como novo líder da Igreja católica, Leão XIV marca neste domingo o início de seu papapo, com uma missa perante dezenas de milhares de fiéis e mais de 150 delegações estrangeiras na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Ao final de sua homilia, o Papa fez um apelo por "uma paz justa e duradoura" na guerra da Ucrânia.
— A martirizada Ucrânia está esperando negociações para que uma paz justa e duradoura finalmente aconteça — disse o Papa.
No último dia 12, quatro dias depois de ser escolhido como o novo Papa, Leão XIV teve uma ligação telefônica com Zelensky e falou sobre propostas de cessar-fogo na guerra. Além disso, o presidente disse que os dois conversaram sobre as crianças ucranianas retiradas à força do país pela Rússia.
Papa Francisco e a guerra na Ucrânia
A Ucrânia tinha um relacionamento complexo com o antecessor de Leão XIV, o Papa Francisco, que morreu em 21 de abril.
Francisco condenou a guerra como um ato injustificado de agressão e chamou a Ucrânia de "nação mártir". Além disso, ele fez apelos pela paz em quase todas as aparições públicas, pelo menos duas vezes por semana.
No entanto, o Papa Francisco decepcionou muitos ucranianos ao não condenar explicitamente o líder russo, Vladimir Putin, como o agressor ao sugerir que a Ucrânia deveria pedir a paz para acabar com a morte e a destruição

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